| 21/02/2011 07h21min
Em seis dias de protestos na Líbia, o número de mortos pode chegar a 233, segundo a ONG Human Rights Watch. Na noite deste domingo, houve tiroteios intensos em diversos bairros de Trípoli, após o discurso de Seif Al-Islam, filho do dirigente líbio Muammar Kadhafi.
Segundo Islam, as forças do governo reagirão a todas as manifestações contrárias a Kadhafi – que está no poder há quase 42 anos. Ele assumiu o governo depois de um golpe militar.
– Vamos lutar até o último minuto, até a última bala – disse Seif al-Islam Kadhafi na televisão, adiantando que o Exército está ao lado de Kadhafi.
Segundo ele, o Exército terá um papel fundamental na imposição da segurança, porque representa a unidade e estabilidade da Líbia. Para o filho do dirigente líbio, o número de vítimas divulgado pelos órgãos de comunicação social estrangeiros é "muito exagerado".
No entanto, os protestos se intensificam a cada dia. A sede de uma estação de televisão e rádio públicas em Trípoli foi saqueada na noite deste domingo. Houve ainda incêndios em postos da polícia e comitês revolucionários.
Demonstrando que o governo não cederá, o filho de Kadhafi, no discurso à televisão disse ainda que:
– Neste momento, carros deslocam-se de Benghazi conduzidos por civis. Em Al-Baïda, as pessoas têm espingardas e pilharam depósitos de munições. Nós temos armas, o Exército tem armas e as forças que querem destruir a Líbia têm armas.
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