| 12/02/2011 10h14min
A onda de protestos que agita o mundo árabe chega com força à Argélia. Neste sábado, manifestantes forçaram por alguns minutos um grande dispositivo de segurança na Praça Primeiro de Maio, em Argel, capital do país. O local era o ponto de partida de uma passeata convocada pela oposição e considerada ilegal pelo governo.
Antes do início da manifestação, foram registrados incidentes entre militantes da oposição e policiais.
A polícia prendeu várias pessoas, incluindo Fodiol Bumala, um dos fundadores da Coordenação Nacional para a Mudança e a Democracia (CNCD), que havia convocado a marcha, e o deputado opositor Othman Mazuz.
Entre os manifestantes, que gritavam "Argélia livre", estavam Said Sadi, presidente do partido opositor Assembleia pela Cultura e a Democracia (RCD), e o líder islâmico Ali Belhadj, do partido dissolvido Frente Islâmica de Salvação (FIS).
Em Argel, 20 jovens desafiaram os manifestantes e declararam apoio ao presidente argelino Abdelaziz Buteflika. Eles gritavam "Buteflika não é Mubarak".
Em Oran, a grande cidade do oeste da Argélia, 400 pessoas, incluindo vários artistas, se reuniram na Praça Primeiro de Novembro.
A polícia prende alguns manifestantes, incluindo o jornalista Djafar Bensaleh, do jornal El Jabar.
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