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 | 06/02/2011 21h59min

Premiê do Egito defende permanência de Mubarak no poder até as eleições em setembro

À CNN, Ahmed Shafiq disse que "ainda há pontos a serem cobertos antes de que ele deixe cargo"

O primeiro-ministro do Egito, Ahmed Shafiq, avalia que é necessária a permanência do presidente do país, Hosni Mubarak, no cargo até o final de setembro, quando ocorrerão novas eleições.

Apesar da afirmação de Mubarak de que não participará do pleito, manifestações da oposição pedem que o atual presidente deixe o cargo antes desta data.

— Insistimos que ele mantenha seu mandato até o final de setembro, porque nesse período seremos liderados por nosso presidente, e ainda há muitos pontos a serem cobertos antes que ele deixe o cargo — afirmou Shafiq, em entrevista à rede de TV americana CNN.

De acordo com o premiê, deve ser respeitada a "formalidade" dos seis meses que ainda restam de mandato para Mubarak.

Na entrevista, Shafiq disse ainda que a prisão de líderes de organizações de direitos humanos e jornalistas "não é permitida" no Egito.

 
Foto: AFP

EUA admite permanência

A secretária americana de Estado, Hillary Clinton, admitiu neste domingo que o governante egípcio Hosni Mubarak pode permanecer mais tempo no poder do que a oposição deseja para garantir a realização de eleições.

A pressão para que Mubarak ceda pode estar diminuindo, disse Hillary a jornalistas durante sua viagem de volta aos EUA, após participar da Conferência sobre Segurança de Munique.

— Isto deve ser decidido pelo povo egípcio — explicou a chefe da diplomacia americana.

Após 13 dias de manifestações, Mubarak segue à frente do Egito, enquanto o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reiterou neste domingo seu desejo de que uma transição "ordenada" e "significativa" abra caminho para um "governo representativo".

Reformas insuficientes

A principal força de oposição no Egito, Irmandade Muçulmana, considerou insuficientes as reformas propostas pelo regime do presidente egípcio, Hosni Mubarak. A avaliação foi feita pelo dirigente da irmandade, Saad Katatni, que considerou a negociação apenas "o primeiro passo".

Também opositor do regime, Mohamed ElBaradei, que regressou ao país para apoiar os jovens que iniciaram a revolta contra Hosni Mubarak, disse que não foi convidado para o diálogo entre a Irmandade Muçulmana e o governo.

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