clicRBS
Nova busca - outros

Notícias

 | 31/01/2011 17h39min

Exército egípcio se nega a usar força e reconhece legitimidade nas manifestações

Militares divulgam comunicado em momento no qual se organiza a maior manifestação contra o regime de Hosni Mubarak

O exército egípcio anunciou esta segunda-feira que não usará a força contra as dezenas de milhares de pessoas que se mobilizam no país para pedir a saída do presidente Hosni Mubarak e declarou no mesmo documento que considera as demandas do povo "legítimas", noticiou a mídia estatal.

"As forças armadas não recorreram e não recorrerão ao uso da força contra o povo egípcio", destacou o exército no comunicado, citado pela agência oficial Mena e pela TV estatal.

O Exército declarou no documento que considera as demandas do "grande povo do Egito" como "legítimas" no sétimo dia seguido de protestos maciços pelo fim do regime de Mubarak.

— A liberdade de expressão de forma pacífica está garantida para todos — afirmou o porta-voz do exército.

O comunicado foi divulgado em um momento em que os manifestantes organizam para a terça-feira a "marcha de um milhão" de pessoas no Cairo e em Alexandria (norte) e logo após de a odiada polícia, cujos confrontos com manifestantes deixaram mais de 125 mortos, voltar às ruas depois de dois dias de ausência.

Veja mais imagens da manifestação

Confira a cronologia dos incidentes:

De 17 a 20 de janeiro:

Um homem de 50 anos toca fogo em si mesmo em frente ao Parlamento, no Cairo, numa possível reprodução do suicídio de um jovem tunisiano em meados de dezembro que desencadeou a revolta e subsequente derrubada do presidente Zine El Abidine Ben Ali. Nos dias seguintes, mais três egípcios fazem o mesmo — um deles, de 25 anos, não resiste aos ferimentos e morre.

 
Foto: Martin Bureau, AFP

Dia 25:

Insuflados pelo líder da oposição, Mohamed ElBaradei, milhares de pessoas tomam as ruas do Egito pedindo a renúncia do presidente do país, Hosni Mubarak. Nos confrontos com a polícia, dois manifestantes morrem em Suez e um policial é morto no Cairo.

Dia 26:

As manifestações se espalham dos grandes centros para cidades menores, aumentando em número e violência. No Cairo, um policial e um manifestante são mortos, enquanto em Suez 55 protestantes e 15 homens da força anti-motim são feridos.

Dia 27:

Diante do saldo violento, com mais um jovem morto em Sinai, a Casa Branca cobra providências do governo do Cairo para evitar os embates, enquanto a União Européia chama atenção para o direito de protestas da população.

Dia 28:

O saldo da violência chega a 13 mortos, centenas de feridos e quase mil presos. Os protestos aumentam e manifestantes tocam fogo no prédio do governo em Alexandria e na sede do Partido Democrático Nacional. Os serviços de internet são derrubados e ElBaradei diz que está pronto para liderar a transição, enquanto Mubarak impõe toque de recolher e promete reformas.


 
Foto: Reprodução, Egyptian TV

Dia 29:

O presidente egípcio, Hosni Mubarak, designou um vice-presidente, o chefe da inteligência Omar Suleiman, pela primeira vez em 30 anos, e um novo primeiro-ministro, ambos com cargo de general, para tentar sufocar a rebelião já deixa mais de 90 mortos.

AFP
 
SHOPPING
  • Sem registros
Compare ofertas de produtos na Internet

Grupo RBS  Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2011 clicRBS.com.br • Todos os direitos reservados.