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 | 31/01/2011 16h06min

União Europeia pede reformas democráticas no Egito

País sofre uma onda de protestos que pedem a renúncia de Mubarak

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia pediram hoje que sejam feitas reformas democráticas substanciais, que conduzam a eleições livres e justas no Egito.

O pedido foi feito numa declaração aprovada durante reunião em Bruxelas.

Os ministros pediram às autoridades egípcias para 'lançarem uma transição pacífica através de um governo de união, que conduza a um verdadeiro processo de reformas democráticas substanciais' e que leve a eleições livres e justas.

Estão programadas eleições para este ano no país, governado por Hosny Mubarak, presidente desde 1981. Antes do início da reunião, a Alta Representante da União Europeia para a Política Externa, Catherine Ashton, disse ter pedido, hoje, ao Presidente do Egito, para promover um diálogo pacífico e aberto com a oposição.

Desde a semana passada, o país sofre uma onda de protestos que pedem a renúncia de Mubarak.


Confira a cronologia dos incidentes:

De 17 a 20 de janeiro:

Um homem de 50 anos toca fogo em si mesmo em frente ao Parlamento, no Cairo, numa possível reprodução do suicídio de um jovem tunisiano em meados de dezembro que desencadeou a revolta e subsequente derrubada do presidente Zine El Abidine Ben Ali. Nos dias seguintes, mais três egípcios fazem o mesmo — um deles, de 25 anos, não resiste aos ferimentos e morre.

 
Foto: Martin Bureau, AFP

Dia 25:

Insuflados pelo líder da oposição, Mohamed ElBaradei, milhares de pessoas tomam as ruas do Egito pedindo a renúncia do presidente do país, Hosni Mubarak. Nos confrontos com a polícia, dois manifestantes morrem em Suez e um policial é morto no Cairo.

Dia 26:

As manifestações se espalham dos grandes centros para cidades menores, aumentando em número e violência. No Cairo, um policial e um manifestante são mortos, enquanto em Suez 55 protestantes e 15 homens da força anti-motim são feridos.

Dia 27:

Diante do saldo violento, com mais um jovem morto em Sinai, a Casa Branca cobra providências do governo do Cairo para evitar os embates, enquanto a União Européia chama atenção para o direito de protestas da população.

Dia 28:

O saldo da violência chega a 13 mortos, centenas de feridos e quase mil presos. Os protestos aumentam e manifestantes tocam fogo no prédio do governo em Alexandria e na sede do Partido Democrático Nacional. Os serviços de internet são derrubados e ElBaradei diz que está pronto para liderar a transição, enquanto Mubarak impõe toque de recolher e promete reformas.


 
Foto: Reprodução, Egyptian TV

Dia 29:

O presidente egípcio, Hosni Mubarak, designou um vice-presidente, o chefe da inteligência Omar Suleiman, pela primeira vez em 30 anos, e um novo primeiro-ministro, ambos com cargo de general, para tentar sufocar a rebelião já deixa mais de 90 mortos.

AGÊNCIA BRASIL

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