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 | 28/01/2011 20h48min

Presidente do Egito promete democracia e demite governo

Manifestantes ignoram toque de recolher e desafiam repressão do governo no quarto dia de protestos

Atualizada às 22h22min

Depois de horas de expectativa, o presidente do Egito Hozny Mubarak fez um pronunciamento ao país, ao vivo pela TV local, no início da madrugada de sábado, pela hora local (noite desta sexta-feira, no horário de Brasília). 

Distanciando-se da crise, anunciou que vai mudar o primeiro escalão do governo ainda neste sábado. Lamentou as mortes desta sexta-feira, prometeu combater a corrupção e se comprometeu com as reformas que, segundo ele, não podem parar. 

Mubarak afirmou que a solução dos problemas não virá com o que chamou de "caos", mas com diálogo, exortando os egípcios a manter a calma.

Declarou que se não houvesse liberdade no país, as manifestações de sexta-feira não teriam ocorrido. O presidente terminou o discurso prometendo que o desemprego vai diminuir.

— Estou do lado dos pobres, onde sempre estive — posicionou-se o presidente.

Protestos desta sexta-feira

Pelo quarto dia seguido, milhares de egípcios saíram às ruas das principais cidades do país para protestar contra o governo.

Apenas nesta sexta-feira, pelo menos cinco pessoas morreram e centenas ficaram feridas nos confrontos em Cairo entre manifestantes e policiais, afirmaram médicos. Segundo o G1, o número de mortos em quatro dias de confrontos chegava a ao menos 13. Pelo menos mil pessoas foram presas.

Na capital, Cairo, em Suez e em Alexandria, os manifestantes enfrentaram bombas de gás, cassetetes e canhões de água. Havia mais gente que na já histórica manifestação da última terça-feira — que deixou três mortos. A repressão policial também foi maior.

O toque de recolher decretado para o período da noite foi largamente ignorado. A sede do partido do governo, o Partido Nacional Democrático (NDP), foi incendiada, bem como vários carros da polícia. O ministério de Negócios Estrangeiros também foi atacado.

Blindados do Exército foram mandados para as ruas. Alguns soldados foram vistos cumprimentando os manifestantes que deveriam reprimir.

AFP
 
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