| 26/01/2011 22h50min
Um policial e um manifestante morreram em confrontos no centro do Cairo nesta quarta-feira, informaram fontes médicas, aumentando para seis o número de mortos nos maiores protestos antigovernamentais registrados no Egito em trinta anos, cuja escalada de violência se manteve na Capital e em outras cidades do país.
Os dois morreram na rua, depois dos confrontos no distrito Bulaq Abul Ela, enquanto a polícia e manifestantes atiravam pedras uns nos outros, depois que as forças dispararam bombas de gás lacrimogêneo, acrescentaram os médicos.
Em outro caso de violência registrado esta quarta-feira na capital, um repórter informou que dezenas de manifestantes enfrentaram as forças de segurança em frente à chancelaria egípcia, empurrando o portão que dá acesso ao complexo ministerial.
Os manifestantes conseguiram invadir um acesso lateral do ministério e pegar um extintor de incêndio que estava na cabine da segurança, depois que a polícia os fez recuar com una van e disparou bombas de ar lacrimogêneo contra eles.
Na cidade portuária de Suez (leste), manifestantes egípcios atiraram coquetéis molotov contra um prédio do governo, provocando um incêndio em um dos setores do edifício, contaram testemunhas.
Também lançaram bombas de fabricação caseira no escritório local do Partido Nacional Democrático, do presidente Hosni Mubarak, e entraram em confronto com as forças da polícia, que usaram bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersá-los.
De acordo com fontes médicas, ao menos 70 pessoas ficaram feridas nos enfrentamentos entre manifestantes e policiais em Suez.
Os confrontos ocorrem no segundo dia dos mais significativos protestos desde que o presidente Mubarak chegou ao poder, 30 anos atrás, e que deixaram seis mortos.
Na terça-feira, três manifestantes e um policial morreram durante os protestos.
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