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O presidente Fernando Henrique Cardoso vai transformar o racionamento de energia em uma vitória do seu governo. No próximo dia 19, ele anuncia em cadeia de rádio e TV o fim de um problema que abalou a sua popularidade e foi responsável por um dos piores anos de crescimento econômico no seu mandato. O presidente vai assumir parte da responsabilidade pela crise, dividindo o ônus com os governo anteriores.
A data para encerrar o racionamento continua em dúvida, e vai depender dos reservatórios, mas o provável é que acabe no dia 28. Até agora, somente os reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste atingiram o nível para sair do racionamento. Para garantir que não haja novas restrições, às vésperas das eleições, o governo vai contar com as usinas emergenciais, o – seguro contra o apagão –, que vai deixar as contas de luz 2% mais caras a partir de março. A energia vai subir pelo menos três vezes este ano, e o reajuste ficará próximo de 20% em 2002.
Nesta sexta-feira, dia 15, a Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica publica no Diário Oficial da União o decreto e a resolução que reduzem a meta de racionamento dos órgãos públicos de 35% para 17,5%. A nova meta terá como referência o consumo no mês de fevereiro de 2000. O decreto determina ainda mudanças de hábitos e de infra-estrutura dos órgãos da administração federal para uma economia de consumo permanente. Os órgãos deverão, por exemplo, avaliar o grau de eficiência de suas instalações e, a partir desses diagnósticos, serão elaborados projetos de redução do consumo de energia elétrica.
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