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Técnico considera campanha do Tigre surpreendente

Umas das metas de Lori Sandri é a de fugir do rebaixamento

O técnico Lori Sandri terá um tempo a mais para preparar o Criciúma. Liberado para ficar à frente do time, tanto nos treinos quanto nos jogos, Lori terá a semana para intensificar os treinos, já que o jogo contra o Paraná foi transferido para o dia 31 de julho, em função do Estádio Pinheirão não ter sido liberado, pois parte do muro que limita o estádio desabou na semana passada.

O técnico do Tigre vai aproveitar o tempo para aperfeiçoar a equipe, que surpreende os grandes do futebol brasileiro e já começa a sentir o direito de voltar a sonhar com a Copa Libertadores.

Lori Sandri, 54 anos, 28 anos de futebol, não esconde que está surpreso com o desempenho do Criciúma na Série A. Ele chegou na nona rodada, quando a equipe estava na 21ª posição e, após nove jogos, saboreia a quinta colocação.

Diário Catarinense – A campanha do Criciúma é uma surpresa para o senhor?
Lori Sandri – De certo modo, sim. Por tudo aquilo que vinha acontecendo e pela maneira como as coisas aconteceram, de maneira rápida, eu acredito que tenha surpreendido a todos. Em termo de Brasil, o Criciúma é uma equipe de porte médio, e nem por isso deixa de fazer boas contratações. A falta de dinheiro em relação aos clubes grandes pode ser compensada com trabalho, dedicação e com a aposta em um grupo que pode ter dar uma resposta positiva, como está acontecendo.

DC – O esquema tático, definido pelo senhor como cauteloso, é o principal fator para o salto na pontuação obtido pelo Criciúma nas últimas nove rodadas?
LS – É um sistema que nos ajuda bastante diante da qualificação do grupo. Mas é preciso lembrar que esse sistema tático não é de hoje. Tem quase a minha idade (54 anos), já que na década de 70 o Beckenbauer já atuava nesse sistema. O pessoal começa a questionar o sistema, mas precisa acompanhar um pouco da evolução do futebol para saber o que deve ser feito.

DC – A meta continua traçada para evitar a ameaça de rebaixamento, ou o Criciúma entende que pode almejar algo mais?
LS –  Fugir do rebaixamento é uma das metas principais, pois se deixarmos de pontuar em duas ou três rodadas neste campeonato podemos ficar em posição delicada. Temos que continuar com os pés no chão para fugir do rebaixamento. Depois, pensaremos em um horizonte maior, desde que se ofereçam condições para isso.

DC – O Criciúma tem feito valer o mando de campo. O que falta para a equipe ter o mesmo desempenho como visitante?
LS –  Desde que assumi temos um aproveitamento de 50% fora de casa. Isso é quase o aproveitamento de uma equipe considerada grande. Acho que houve uma mudança de pensamento, mas não temos cacife para um aproveitamento de 100% fora de casa como acontece com grandes equipes.

DC – Qual é a lição que o profissional assimila diante do episódio com os japoneses?
LS –  Fica demonstrado que a tua honestidade às vezes te traz muitos aborrecimentos. Não sei se as duas pessoas envolvidas no episódio do Japão agiram de má fé ou são muito burros. Devem ser burros para fazer o que fizeram, pois quero acreditar que o povo japonês é honesto e honra as palavras.

DC – Muda alguma coisa para o senhor em relação ao comando à beira do gramado após a experiência de acompanhar os jogos na tribuna de honra?
LS –  Tenho 28 anos de profissão. Tem gente que assiste lá de cima, tem gente que pega avião, tem gente que assiste de helicóptero e não consegue enxergar o jogo. Essa não é a questão. A questão é quem sabe trabalhar e quem não sabe.

CRISTIANO RIGO DALCIN / DIÁRIO CATARINENSE
 

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