A jornalista esportiva, Adriana Brum, já perdeu as contas de quantas vezes declinou convites para um happy hour. Para jornalistas, o horário em que boa parte dos mortais deixa trabalho e emenda uma cervejinha para relaxar é justamente aquele em que a redação dos jornais pega fogo: o tal do fechamento. Então, bar bom para jornalista é aquele que tem cerveja gelada (de preferência, vendida em garrafa) até altas horas. E um bom petisco, claro. Tudo com bom preço. Às vezes, são lugares que, à primeira vista, parecem ser uma grande roubada e, na verdade, guardam boas surpresas.

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Abaixo, você confere, as dez sugestões da jornalista esportiva Adriana Brum, que adora uma conversa de boteco.

Bar do Torto
Só a simpatia do Arlindo Ventura, o Magrão, dono do bar, poderia explicar o sucesso do local. Mal cabem ele, as prateleiras, a mesa de sinuca e as infindáveis fotos do Garrincha (o “Torto” é o astro da Copa de 58) no pequeno espaço do bar. Mas tem mais: a cerveja em garrafa e o bolinho de carne são irresistíveis. Redundante é dizer que o clima é para lá de informal – é comum a conversa migrar para a calçada e o meio-fio acabar, às vezes, se transformando em cadeiras.

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Bar Baran
Uma espécie de nova sensação entre os jornalistas. Aberto há menos de quatro anos, tem casa lotada quase todos os dias. Funciona de terça a domingo e fica na sede da Sociedade Ucraniana, na Alameda Augusto Stenfeld. Já na entrada, um sofá e duas poltronas que cercam uma mesinha de mármore dão um ar de casa da avó e a senha: descontração é a tônica do lugar. Além dos pães com bolinhos de carne, vale à pena provar as porções de varenek (pastel cozido ucraniano, que parece muito o pierog, mas não ouse confundir os nomes). De quebra, música de bom gosto para todos os gostos: tem dia para jazz, choro, samba.


(Foto: Priscilla Fiedler / Bar Baran Ucrânia)

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Pudim
Não sei como começou, mas é de longa data a tradição de jornalistas se reunirem lá para conversar e beber. Nem mesmo o fato de o bar fechar cedo é um problema a esses profissionais com tendências notívagas. A conversa em voz alta é característica do boteco, até que o garçom começa a avisar que a cozinha está encerrando e o chão começa a ser limpo. Lá também a combinação cerveja + bolinho de siri ou uma empada é o pedido tradicional.

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Bar Palácio
Na verdade, o “bar” ficou apenas no nome. É um restaurante bastante tradicional da cidade, na Rua André de Barros. A proximidade com a redação da Gazeta do Povo e ficar aberto até a madrugada explicam a presença constante de jornalistas, apesar de o letreiro em neon e as portas estreitas parecerem pouco convidativas. Mas, respire fundo e passe pela porta estilo saloon de faroeste. Peça o churrasco paranaense em sua primeira incursão ao Palácio. O cardápio é vasto – mas nada de refeições gourmet. Estão mais para o estilo prato-feito mesmo – e vai desde petiscos triviais como o frango a passarinho até sopas, para os dias mais frios.

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ZéPelin Beto Batata
O bar da Avenida Iguaçu tem decoração rústica e área externa que conferem uma característica que agrada muito aos profissionais das redações: a informalidade. Boa diversidade de cervejas (mas não espere os rótulos internacionais. O forte são os “best-sellers” nacionais) e uma cozinha típica de boteco, mas com um toque discreto de requinte. Destaque para as meninininhas, versão miniatura das batatas suíças do Beto Batata. Um dos poucos bares que abre aos domingos até altas horas (dia em que tem música ao vivo).


(Foto: Priscila Fiedler  /  Loja de Notícias)

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Cana Benta
Lembra do rolmops? Lá tem. Uma das especialidades da casa são os pratos com tilápia. Fiquei fã do bar quando ainda servia o pão com costela. O acepipe não está mais no cardápio, substituído pelo pão com matambre (não indico). Único lugar da cidade que fui até agora em que se pode pedir uma porção de pimenta biquinho. Além dos sanduíches e petiscos, há boas opções no cardápio para jantar. A decoração do Cana Benta lembra os antigos armazéns de secos e molhados. Então, se o local não estiver muito cheio, vale fuçar as prateleiras para lembrar-se de produtos do passado. Destaque para a “carta” de cachaças.


(Foto: Divulgação / hagah)

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Aos Democratas Pub
Fora estádio, o melhor lugar para assistir ao futebol é no bar, com a vantagem de poder acompanhar a partida com um chopp na mão (já que nos estádios brasileiros, só durante a Copa, em 2014). O Democratas Pub, oferece a combinação com o estilo dos antigos botecos cariocas. No cardápio, a especialidade é a carne de onça. Mas, não deixe de provar os bolinhos. Faz muito sucesso o de feijoada, mas prefiro o de abóbora com carne seca. Às segundas-feiras, tem um samba-rock ao vivo agitado.


(Foto: Divulgação / hagah)

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Capitu
O carro-chefe do bar e restaurante é o rodízio de picanha. Então, dá para abrir mão da cerveja para tomar um bom vinho no Capitu. Indico os pratos, que levam nomes de personagens das obras de Machado de Assis. Adoro o que dá nome ao bar: legumes cozidos e fetuchini na manteiga acompanham a picanha grelhada. Os pratos de massa também são dignos de se experimentar. De sobremesa, um brigadeiro na panela.


(Foto: Divulgação / hagah)

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Folha Seca
Outro ótimo lugar para assistir ao futebol com os amigos. As porções de mignon e o pastel folha são deliciosos. E generosas. Mas, cuidado para o valor da conta não ficar alto demais. Em alguns dias da semana, tem música ao vivo, com taxa de couvert. Lugar de gente bonita e disposta a conversar. Aos sábados, abre somente para almoço, com uma deliciosa feijoada.


(Foto: Divulgação / hagah)

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Zezito’s Bar
Esse é uma escolha pessoal. Sempre que posso, é para lá que vou com os amigos da profissão. Fundado em 1955, o bar no Água Verde é quase uma lenda. Parte do menu da casa ainda é o mesmo daquela época, como os sanduíches de picanha e de pernil. Meu favorito é o Zezito’s Bife. Entre as porções, o de cascudinho e a de queijo coalho palito (esta vem acompanhada com molho de pimenta e goiabada. Huuum...). Cerveja de garrafa, espaço amplo, perfeito para boas conversas. Pena que só abre durante a semana e fecha às 1h.

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Um plus a mais
Pastelaria Juvevê
Como diz o nome, de bar, em tese, o lugar não tem nada. Mas tem cerveja e comida, tudo bom e barato. O lugar também é chamado de Bar do Japa. Com umas televisões modestas – assim como a mobília –, atraía os jornalistas que queriam comer bem – entenda-se “comer bem” significa a reunião de sabor, pratos generosos a baixo custo – e ver os jogos da rodada. Os pasteis gigantes – orelha de elefante – combinam toda a sorte de condimentos. Vale conter a glutonice (o vício de comer) e trocar um destes por um médio (tipo pastel de queijo com azeitona e escarola) e deixar um espaço para experimentar uma das versões doces (maçã e canela é a melhor). Às quintas-feiras, jornalistas esportivos da cidade e convidados se reúnem na chamada Confraria, que tem a pastelaria como sede.

 E você, jornalista, conhece ou costuma frequentar outros bares? Conta para gente.

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