O Figueirense manteve a invencibilidade de nove jogos dentro do Orlando Scarpelli com um futebol de homenagens, neste domingo, dia 13. E os homenageados servem de referência para o que foi o alvinegro dentro de campo na vitória de 4 a 2 em cima do Paraná: a família. Unidos e alimentados pelo espírito da fraternidade, os jogadores superaram o bom time do Paraná e subiram para a 13ª posição na Série A do Brasileiro.

O primeiro bom exemplo começou antes mesmo da bola rolar. Os torcedores entregaram ao grupo um troféu de agradecimento, com o nome de um dos memoráveis comandantes da grande família alvinegra, Vágner Benazzi. Depois, a festa do futebol entrou em campo e os primeiros 15 minutos já valeriam, sozinhos, por uma etapa inteira.

Chances de gol dos dois lados foram arrancando aplausos e ensaiando o grito de gol até os 12 minutos, quando William recebeu nas costas dos zagueiros e, como um irmão generoso, entregou o gol aberto a Léo Macaé.

– Este gol é para o meu filho, que completou um aninho – comemorou nos microfones da rádio CBN/Diário, lembrando do aniversário do pequeno Ian.

Outra aniversariante foi homenageada aos 35 minutos. Porém, quem ganhou o presente foi o próprio Figueirense, quando o zagueiro Ávalos se atrapalhou, pressionado pelo ataque alvinegro, e a bola sobrou para o goleiro Flávio, que segurou com a mão. O árbitro entendeu como recuo e marcou o tiro indireto dentro da área. Na cobrança, William pisou na bola e Pedro mandou um petardo para o gol de Flávio, dedicando o gol à mãe.

O Paraná também tinha um filho dedicado: o catarinense Marquinhos, craque do jogo, descontou em jogada brilhante e comemorou o sétimo gol dele na competição junto com os parentes, presentes na torcida paranaense. Mas era dia de comemorações alvinegras e o recém-nascido Matheus (14 dias de vida) esperava pela homenagem do pai-coruja, Márcio Goiano. E ele não decepcionou: aos 44 minutos, cobrando falta, o capitão alvinegro marcou o terceiro, com a ajuda do goleiro Flávio, que falhou feio no lance.

No segundo tempo, o Paraná foi mais assanhado. Aos 26 minutos, Marquinhos, que já tinha acertado o travessão cobrando falta, desta vez achou o gol - o quique da bola enganou Édson Bastos. Só que a família alvinegra estava mais unida do que nunca e Danilo agradeceu a sorte trazida pelo irmão ao sair da reserva para marcar o quarto gol alvinegro, selando a convincente vitória do Figueira no jogo das homenagens.