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Auxiliar Cleidy Mary, de SC, é escalada pela Fifa

A arbitragem feminina ficou sob os holofotes da mídia no último domingo, dia 29, quando um trio formado exclusivamente por mulheres foi escalado pela primeira vez na história para uma partida do Campeonato Brasileiro, no caso, Guarani x São Paulo.

Foi novidade no país inteiro, mas Santa Catarina ainda está à frente neste assunto. Há anos que a auxiliar Cleidy Mary dos Santos Nunes Ribeiro faz parte dos quadros da Fifa. No próximo sábado, dia 5, por exemplo, tem uma missão à altura do seu prestígio.

A catarinense foi escalada para o jogo México x Japão, no Estádio Azteca, na Cidade do México – palco da decisão da Copa de 1970 – pela repescagem das eliminatórias do Mundial Feminino, que vai ser realizado nos Estados Unidos, de 21 de setembro a 11 de outubro.

Cleidy já contabiliza participações no Mundial Feminino de 1999, também nos EUA, e na Olimpíada de Sydney, em 2000. Nos Jogos Olímpicos, ela e o gaúcho Carlos Eugênio Simón foram os únicos representantes da arbitragem brasileira.

A possibilidade de Cleidy voltar a trabalhar na fase final do Mundial Feminino é grande. Isto porque a lista de árbitros pré-escalados já deve estar pronta e esta última rodada serviria apenas para uma última análise por parte da Fifa.

– Continuo sendo lembrada nas escalas da Fifa, eles já conhecem o meu trabalho e acredito que tenho boas chances de ser convocada para o Mundial – confia.

Apesar do reconhecimento internacional, Cleidy permanece à margem em solo verde-amarelo. Seu nome vem sendo seguidamente ignorado nas escalas da Federação Catarinense de Futebol (FCF) e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Seu último jogo pela FCF foi Figueirense x Avaí, no dia 16 de fevereiro. Pela CBF, foi Avaí x Joinville, em 13 de setembro do ano passado.

Cleidy não tem noção do motivo para este esquecimento. Ou seria boicote?

– Os homens ainda têm um pouco de resistência em relação á presença de mulheres na arbitragem. O bom exemplo do último final de semana pode ajudar a reverter este conceito – espera.

Enquanto aguarda essa mudança de mentalidade, a auxiliar segue sua rotina inusitada, entre eliminatórias do Mundial e jogos do campeonato amador.

– É uma situação curiosa. Saio da Liga de Florianópolis direto para a Fifa – comentou.

MAURICIO XAVIER / DIÁRIO CATARINENSE

 

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