Transportes | 19/07/2011 07h10min
O transporte público é uma solução mais sustentável para o trânsito das grande cidades. Especialistas afirmam que, dentre as opções motorizadas, é a que emite menos CO2 por pessoa, além de fazer com que menos carros transitem nas vias das cidades.
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Um estudo divulgado pela Embarq Brasil - ONG voltada à promoção da sustentabilidade dos transportes urbanos no país - aponta que uma faixa de 3,5 metros de largura em uma via urbana tem capacidade para receber 1.350 pessoas dentro de carros durante uma hora. No mesmo espaço de tempo, veículos do sistema BRT podem levar 10 vezes mais, ou seja, 13,5 mil pessoas (confira como funciona o sistema ao lado).
A prefeitura de Porto Alegre aposta na implantação dos BRTs, aproveitando os investimentos para a Copa de 2014 na cidade. Mas não existe um prazo para a mudança.
- O que precisamos é fazer um upgrade no sistema, implantando os BRTs, mas em corredores que permitam a ultrapassagem. É como um metrô de superfície, a um custo cerca de 30 vezes menor - explica Luis Antonio Lindau, 55 anos, doutor na área de transportes urbanos, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e presidente da Embarq-Brasil.
Para ele, o desenvolvimento dos municípios depende das decisões sobre transportes:
- É preciso criar uma alternativa muito interessante para o usuário do automóvel. Os veículos ficam cada vez mais presos em congestionamentos, precisamos tirá-los e prover serviços expressos, para que o usuário saia de um bairro distante e chegue ao destino sem paradas.
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Em Porto Alegre
> São 343 linhas urbanas, cada uma com um itinerário diferente, com 1.650 veículos (desses, 50% adaptados para pessoas com deficiência e 45% com ar-condicionado)
> São 1,1 milhão de passageiros por dia. A estimativa é de que 550 mil pessoas utilizem os ônibus
> 21 mil passageiros por dia é a ocupação da linha T4, que corta a cidade de Sul a Norte. É a mais utilizada da Capital
> 200 passageiros por dia é a ocupação da linha B05-Jardim Floresta/Obirici. É a menos utilizada
O sistema BRT
> Corredores segregados ou preferência para a circulação do transporte coletivo
> Embarque e desembarque rápido, em plataformas elevadas ao mesmo nível dos veículos
> Sistema de pré-pagamento da tarifa
> Veículos modernos e com tecnologias mais limpas
> Transferência entre rotas sem custo
> Programação e controle rigorosos da operação
> Sinalização e informação ao usuário
Fonte: Embarq Brasil
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