Energia | 30/03/2011 09h03min
A Eletronuclear avalia construir uma central hidrelétrica de pequeno porte para abastecer a usina nuclear de Angra dos Reis, no Rio, em casos de emergência e, assim, aumentar a segurança de suas operações.
A estatal quer ainda contratar uma consultoria externa para rever o monitoramento das encostas próximas às usinas nucleares.
Outra medida em análise para aumentar a segurança das instalações nucleares é a construção de uma linha de transmissão de energia exclusiva para a usina. A energia produzida pela hidrelétrica seria direcionada para a central nuclear em casos de falha no sistema de abastecimento.
Atualmente, as usinas nucleares contam com 12 geradores a diesel, que podem alimentar as bombas de resfriamento dos reatores. São bombas semelhantes às que vem sendo utilizadas nas usinas de Fukushima, no Japão, afetadas pela tsunami que atingiu o país asiático. A energia da nova hidrelétrica seria mais um item de segurança, além dos geradores.
"Pode haver um cenário, pouquíssimo provável, de se perder todos os geradores de emergência'', afirmou o assistente da presidência da Eletronuclear, Leonam dos Santos Guimarães.
Construídas próximas a encostas, as usinas também correm o risco de que deslizamentos danifiquem instalações auxiliares, como depósitos de rejeitos. Os reatores estão protegidos por prédios blindados resistentes a terremotos, disse a Eletronuclear.
A estatal monitora oito pontos nas encostas próximas às usinas nucleares, áreas apontadas como de risco por levantamento feito na década de 1990.
"Um acidente como o do Japão sempre nos faz trazer para agora algumas ações que são feitas de tempos em tempos. Até para prestar contas à sociedade. Não vamos nos limitar às nossas certezas. Queremos que outros especialistas confirmem o que estamos fazendo. Nosso negócio exige isso'', disse Diógenes Alves, gerente de engenharia civil da Eletronuclear.
FOLHAPRESSGrupo RBS Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2011 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.