A ceratose (ou queratose) pilar, conhecida popularmente como “bolinhas no braço”, é uma doença que atinge a pele de muitos brasileiros. Além dos braços, ela aparece principalmente na região das coxas, bumbum, rosto (bochechas) e costas e tem aparência similar ao de espinhas ou acne. Porém, como se tratam de doenças distintas, seus tratamentos também são diferentes.

A doença é mais comum em pessoas com menos de 30 anos, principalmente em adolescentes, por causa da produção excessiva de queratina em algumas regiões do corpo.

Para nos explicar mais sobre o assunto, conversamos com o dermatologista Carlos Pereira, da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba:

O que causa da ceratose pilar?

Dr. Carlos Pereira: A ceratose pilar é uma doença autossômica dominante, ou seja, normalmente a criança herda quando existe tendência familiar. É um defeito da ceratinização da pele.

Ela pode ser confundida com espinhas?

Dr. Carlos Pereira: Sim, mas se obvervar bem, são diferentes. São pequenas pápulas da cor da pele, ásperas quando apalpadas, parecidas com pequenos cistos.

A ceratose vai e volta?

Dr. Carlos Pereira: A ceratose pilar tem uma evolução durante a vida da pessoa, sem sofrer grandes alterações. O que pode mudar o aspecto é quando se usa algum produto medicamentoso ou quando se tem uma exposição prolongada ao sol.

Quais os tratamentos para a pele ficar lisinha?

Dr. Carlos Pereira: O uso de produtos ceratolíticos, de esponjas durante o banho e a hidratação ajudam bastante.

Usar roupas muito justas pode ajudar a aumentar a ceratose?

Dr. Carlos Pereira: Não há qualquer relação entre roupas justas e o aparecimento de ceratose.

No verão essas irritações podem aumentar?

Dr. Carlos Pereira: No verão elas tendem a melhorar, na verdade, porque a pele fica mais hidratada e a exposição solar reduz a espessura das lesões.

Quais os tratamentos indicados para a ceratose? Tem cura?

Dr. Carlos Pereira: Os tratamentos existentes no momento são apenas paliativos, ou seja, aliviam em um certo momento. Vai depender muito da evolução de cada paciente. O melhor é procurar a avaliação de um dermatologista para indicar o melhor tratamento.