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Ambiente  | 03/03/2011 16h34min

Governo estadual e setor produtivo do PR pedem agilidade na votação do Código Florestal

Representantes foram a Brasília preocupados com a inclusão de alterações no texto original

Pedro Crusiol | Londrina (PR)

Representantes do governo e do setor produtivo do Paraná organizaram uma comitiva e foram a Brasília pedir agilidade na votação das alterações do Código Florestal. As lideranças se preocupam que a nova lei entre em vigor em junho sem as alterações propostas pelo relator Aldo Rebelo. O pedido se estendeu também ao próximo Plano Safra.

Uma das alterações do relator prevê a isenção dos 20% de Reserva Legal para propriedades com até quatro módulos fiscais. No Paraná, a área representa cerca de 72 hectares e quase 90% das propriedades rurais.

Outra mudança beneficia produtores que têm áreas com mais de quatro módulos, porque permite que os 20% sejam reunidos entre as Áreas de Preservação Permanente e as de Reserva Legal. As medidas para mata ciliar também foram reduzidas na proposta ainda não votada: rios com até cinco metros de largura devem ter 15 metros de mata ciliar e rios com mais de cinco metros e até 15 metros de largura devem ter 30 metros de mata em volta.

O presidente do Sindicato Rural de Londrina, Narciso Pissinatti, filiado à Federação da Agricultura do Paraná, diz que caso as mudanças não sejam votadas antes de junho, a atividade rural vai ficar inviável no Estado.

– O Paraná é o maior produtor de cereais, de grãos do Brasil. Se você pensar na pequena propriedade fazer o reflorestamento, tem propriedade que mais de 50% fica inviável. A produção vai cair, com certeza, os preços vão subir e quem vai perder? A população – afirma Pissinatti.

O Estado aproveitou para apresentar propostas para a próxima safra. Aumento nos recursos para financiamento e custeio e redução de taxas de juros estão entre as reivindicações.

– O nosso pedido sempre foi de que exista financiamento de custeio e investimento para a nova safra porque sempre há necessidade de renovar a frota. Por outro lado nossa preocupação é que esse custeio venha com garantias de seguro. Que tenha recursos para o fundo de catástrofe, que foi aprovado, e também os preços mínimos que o governo ainda não definiu, agora seria do trigo e do milho que não tem definição ainda, esse é sempre o nosso pedido – ressalta. 

CANAL RURAL
 

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