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Ambiente  | 18/02/2011 08h12min

Ação de ONG força Japão a suspender caça às baleias

Japão estuda encerrar missão mais cedo devido às ações da Sea Shepherd

Laura Schenkel

A caça às baleias na Antártica pode estar com os dias contados, graças ao trabalho de ativistas do grupo de defesa do ambiente Sea Shepherd, que perseguem desde dezembro a frota japonesa para tentar impedir a atividade.

Os baleeiros suspenderam as operações na Antártica e estudam a possibilidade de concluir a missão antes do previsto,

anunciou ontem a Agência de Pesca do Japão.

- O ano foi desastroso para a frota baleeira, uma vez que os três navios do Sea Shepherd estavam presentes a maior parte do tempo impedindo a caça - afirma a brasileira Barbara Veiga a Zero Hora, em entrevista por telefone via satélite.

A bordo do Steve Irwin, um navio da frota ambientalista, a fotógrafa fala sobre a espera pelo fim definitivo das operações japonesas:

- A suspensão cria muita expectativa, especialmente para o capitão Paul Watson, que há 40 anos se dedica a salvar as baleias. Sem dúvida, essa será uma vitória emocionante.

Tatsuya Nakaoku, funcionário da Agência de Pesca japonesa, afirmou que o navio-fábrica Nisshin Maru, que foi perseguido pelo Sea Shepherd, suspendeu as operações em 10 de fevereiro para garantir a segurança da tripulação.

- Estamos estudando a situação, incluindo a possibilidade de encerrar a missão antes do previsto - disse Nakaoku.

Geralmente, a missão vai até meados de março. De qualquer forma, já há motivos para comemorar. O Sea Shepherd estima que o número de baleias caçadas não chegou a cem — no ano passado, foram 528. Com as atividades reduzidas, a operação japonesa tem prejuízos estimados em US$ 200 milhões (R$ 334 milhões).


Águas protegidas

- Em 1986 entrou em vigor uma moratória que proíbe a caça com fins comerciais.

- Desde então, quase 40 mil baleias foram caçadas no mundo por países que não aceitam a proibição, sob o pretexto das caças científica e tradicional, autorizadas com cotas limitadas pela Comissão Baleeira Internacional (CBI).

- O Japão alega que sua caça às baleias é científica em uma área considerada protegida pela CBI.

ZERO HORA
Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal

Bárbara acompanha missão da Sea Shepherd
Foto:  Arquivo Pessoal  /  Arquivo Pessoal


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