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 | 17/08/2010 11h01min

Aumenta procura por consórcios de imóveis

Executivo afirma que inexistência de juros e flexibilização do FGTS contribuem para o crescimento

Mesmo com as facilidades de crédito na rede bancária para aquisição da casa própria e do impulso do programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, a procura por consórcios de imóveis cresceu no primeiro semestre deste ano, embora de maneira mais modesta, de acordo com balanço divulgado pela Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac).

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Os consórcios de imóveis contavam 562 mil participantes, no final de junho, o que representa crescimento de 8,7% em relação ao mesmo período de 2009. Isso porque mais 110,2 mil cotistas se integraram ao sistema entre janeiro e junho, com aumento de 12,2% na procura pelo sonho de ser contemplado com a moradia. Sonho que se concretizou para 33,1 mil pessoas no primeiro semestre deste ano, enquanto no mesmo período de 2009 foram contemplados 31,1 mil cotistas.

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O aumento do número de contemplados foi de 6,4%, comparados os dois períodos. Isso representou, porém, acréscimo de 11,1% em volume de recursos empregados. No primeiro semestre deste ano, os consórcios de imóveis desembolsaram R$ 3,093 bilhões com prêmios, o que dá uma média de R$ 93,446 mil por cada, ao passo que no mesmo período de 2009 os gastos foram de R$ 2,783 bilhões, ou valor médio de R$ 89,479 mil por cota.

De acordo com o presidente executivo da Abac, Paulo Roberto Rossi, muitos fatores contribuem para a expansão do setor de consórcios, como a inexistência de juros, a flexibilização do uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) no consórcio de imóveis, a maior presença das classes sociais C e D, o planejamento do consumidor e seu questionamento sobre a necessidade imediata, ou não, de aquisição do bem.

Segundo ele, “a segurança do emprego em uma economia aquecida” também contribui para o aumento do interesse por consórcio, que é uma poupança carimbada, com objetivo determinado. Rossi acrescentou que antes de fazer a opção, em geral o consumidor analisa e compara os custos com o propósito de fazer o melhor negócio patrimonial para si ou para a família, deixando de lado a compra por impulso.

O balanço da Abac não detalha os números pelas cerca de 100 administradoras de consórcios espalhadas pelo país. É sabido, porém, com base na última divulgação atualizada pelo Banco Central (BC), referente ao mês de abril deste ano, que as dez maiores administradoras concentram em torno de 75% de um mercado liderado por Bradesco e Caixa, que têm participação conjunta de 47% dos consórcios de imóveis.

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