Os sucessivos recordes do crédito habitacional estão levando a Caixa Econômica Federal a procurar fontes alternativas de financiamento, além dos recursos do FGTS e da poupança. A Caixa Econômica Federal liberou R$ 34,1 bilhões de janeiro a junho, quase o dobro (alta de 95,1%) do registrado em igual período de 2009, com a assinatura de mais de 575 mil contratos.

Por lei, os bancos são obrigados a destinar 65% dos depósitos em poupança para o crédito habitacional, mas há o temor de que o crescimento da caderneta não acompanhe o dos empréstimos. No acumulado até maio, a Caixa contabilizou 55% dos empréstimos, em valor, feitos com essa fonte. O patamar é semelhante ao registrado em todo o ano de 2009 (57%), que teve forte elevação ante 2008 (31%) devido ao temor dos outros bancos em emprestar após o agravamento da crise.

Até dezembro, a Caixa deve fazer a emissão do primeiro pacote de securitização de sua carteira de crédito, que chegou a R$ 81,7 bilhões em junho. A securitização consiste da transformação da carteira de crédito em um ativo financeiro. A instituição divide a carteira em partes e as vende como títulos no mercado. O comprador é remunerado no longo prazo com uma taxa de juros que varia de acordo com o papel.