| 03/09/2009 03h14min
A pesquisa que revela o comportamento contraditório dos porto-alegrenses ao volante vai subsidiar uma campanha pela conscientização no trânsito da Capital.
Focada no respeito à faixa de segurança, a campanha será lançada na próxima semana e deve se estender até o final do ano.
Ao qualificarem suas condutas ao volante, motoristas se dizem pacientes, respeitadores e pouco agressivos. Ao analisarem os demais motoristas, porém, eles asseguram que a maioria é agressiva, impaciente ou muito impaciente.
As visões distorcidas revelam-se a cada novo item do estudo realizado pelo Instituto Methodus, entre os dias 14 e 22 de maio, que abrangeu 1.012 pessoas. Um dos dados que chamaram a atenção da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) diz respeito justamente à faixa de segurança. Mais de dois terços (74,2%) dos entrevistados asseguraram que param o veículo sempre antes de deparar com o asfalto zebrado.
Outros 17,4% afirmaram frear
quando um pedestre se apresenta para cruzar a
via. Quem circula pela cidade sabe que ambas as respostas não procedem. O dado mais próximo da realidade talvez alcance os 7,3% que confessaram parar às vezes, apenas “quando é possível”. Curiosamente, 22% dos participantes da amostra afirmaram que os próprios pedestres desrespeitam as faixas ante apenas 11,7% que culparam os motoristas.
Após lerem em Zero Hora de ontem o depoimento do paulista Lister Parreira Duarte, 47 anos, que já morou em Porto Alegre, leitores enviaram comentários sobre o trânsito da cidade.
– Sou gaúcho e fico bastante fora do RS. Já morei em vários países. Se juntar os que visitei e onde dirigi deve passar de 30. Um dos piores lugares para estar dentro de um automóvel, ou próximo a ele, é Porto Alegre. Dá a nítida impressão que ofendemos a honra da mãe do outro motorista se tentamos mudar de pista ou atravessar uma rua.
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