| 16/04/2009 02h36min
Em conversa com ZH, o repórter Arindam Nag, do Qatar Tribune, de Doha, revelou que o técnico Paulo Autuori garantiu, em entrevista coletiva concedida ontem, sua permanência no Al-Rayyan até o dia 20 de maio. Essa é a data prevista para a decisão da Copa do Emir. A competição é relevante no calendário do futebol do país. Arindam Nag se surpreendeu com o interesse de ZH no assunto. Em Doha, jamais foi comentado sobre uma possível saída antecipada de Autuori.
Se a expectativa é de que Paulo Autuori decida até amanhã sobre sua transferência para o Grêmio, entre os árabes a certeza é da permanência do técnico no Al-Rayyan, pelo menos, até 20 de maio. Ontem, em entrevista coletiva no Catar, Autuori reiterou que continua no clube até o fim da Copa Emir.
– Autuori disse hoje (ontem) que, no mínimo, vai ganhar a Copa Emir pelo Al-Rayyan. E o campeonato dura até 20 de maio – disse o jornalista Arindam Nag, do Qatar Tribune.
A revelação feita aos árabes, se
confirmada para os dirigentes gaúchos,
obrigará o Grêmio a partir para seu plano B, buscando um técnico que possa assumir o time antes do jogo contra o Boyacá, dia 28. Nem mesmo a alternativa de esperar por Autuori com seu auxiliar, Rene Weber, no cargo deve ser levada em conta. Seriam 35 dias até o técnico sair do Catar. Nomes como Geninho, do Atlético-PR, Ney Franco, do Botafogo, e Toninho Cerezo, do Al-Shabbab, dos Emirados Árabes, passam a ser cogitados.
O Grêmio garante ter ouvido de Autuori prazos diferentes. Na terça-feira, o vice de futebol André Krieger disse que o treinador havia garantido uma posição definitiva do xeque Abdullah bin Hamad Thani até amanhã. Abdullah decidiria sobre a liberação de Autuori antes do final da temporada.
Mas a declaração do técnico na entrevista coletiva de ontem confirma o que o repórter do Qatar Tribune já havia informado, no início da semana, sobre seus planos de terminar a temporada local no Al-Rayyan. A Copa Emir, disputada em sistema eliminatório, é o último
campeonato da temporada. Ela
ocorre depois da Copa do Príncipe do Catar, criada em homenagem ao filho do xeque e com final prevista para 27 de abril.
Xeque dono do Al-Rayyan é influente junto ao governo
O maior obstáculo para a vinda de Autuori é a influência do xeque. Autuori precisa de cuidados na negociação para evitar atritos ou desapontá-lo. Sua saída do Catar só é permitida com aval de Thani – os passaportes dos estrangeiros ficam retidos no Comitê Olímpico do Catar. Só Thani permite a liberação dos documentos.
O contato feito por Zero Hora com Arindam Nag sobre a situação de Autuori no Al-Rayyan causou surpresa. Segundo o repórter árabe, não se fala no Catar sobre a possível saída do técnico e nem há especulação sobre isso. Ontem, o assessor de Autuori no Brasil disse que o técnico mantém silêncio em relação ao Grêmio. Todas as informações a respeito do assunto vieram, segundo ele, de dentro do clube.
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