| 09/03/2009 10h02min
Ele já está recuperado da última lesão no joelho, mas ainda não tem data para voltar a jogar. Nas palavras do coordenador da preparação física do Inter, Élio Carravetta, Sorondo é "um caso especial". O zagueiro participou de um coletivo pela primeira vez na semana passada, mas sua recuperação é tratada com todo cuidado do mundo e sem nenhuma pressa. Carravetta compara a situação do uruguaio, vítima de sucessivas lesões nos joelhos, com a do atacante Leandrão, que entrou em campo no último sábado após mais de um ano parado:
– Clinicamente ele está curado. Fez um excelente trabalho na fisioterapia e agora está na área de reabilitação física, já fazendo alguns trabalhos coletivos. Estamos dando um tempo para ver como ele responde. Temos que controlar as lesões musculares. É um caso especial, como foi o Leandrão. Temos que ter cuidado.
Por isso, ninguém se arrisca a apontar quando Sorondo voltará a vestir a camisa 4 do Inter.
– É
difícil fazer uma previsão. Pode retornar
semana que vem, ou em 15 dias, ou em 22 dias. Não temos uma definição – disse Carravetta na manhã desta segunda-feira.
Élio Carravetta é responsável pelo trabalho mais peculiar da preparação física – a recuperação dos lesionados. Muitas vezes, enquanto o grupo se prepara para treinar no campo, com o técnico e os demais preparadores, sob o olhar da torcida e da imprensa, o coordenador é visto deixando o vestiário acompanhado de algum jogador que está fora dos holofotes há tempos. Com cones, estacas e outros materiais, eles se dirigem a outro campo ou à caixa de areia. Para o jogador, são longas horas de exercícios, sem saber quando será possível reencontrar a bola.
O solitário trabalho de recondicionamento exige de Carravetta, além das atribuições de especialista em condição física, uma atuação como psicólogo. Até quando o "paciente" é o experiente Sorondo.
– Tem todo um aspecto psicológico. Quando um jogador fica muito tempo parado,
tem que recuperar gradativamente a
confiança. Imagina uma profissão que tu tens 10, 12, 15 anos para exercer. E deste período, tu passa um ano e três meses sem poder atuar. É normal que a pessoa tenha seus medos, seus fantasmas. Tem que superar esta barreira, e isto nem sempre acontece de forma linear. Depois de um grande período de inatividade, o retreinamento é muito difícil – explica.
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