| 03/03/2009 05h55min
Só um fracasso contra o Boyacá Chicó, dia 11, na Colômbia, provocará a queda de Celso Roth do comando técnico do Grêmio. Ele segue no cargo, apesar dos erros de escalação cometidos no Gre-Nal.
Ainda assim, Roth sofrerá fortes cobranças em reunião da comissão técnica, marcada para amanhã. Os dirigentes tentarão demover o técnico da ideia de manter o esquema 3-6-1 para enfrentar Ypiranga, Santa Cruz e Boyacá Chicó, e retomar o esquema 3-5-2.
– Será a reunião de sempre, só que com cobranças – afirma o assessor de futebol André Krieger.
Ontem, ele e o diretor de futebol Luiz Onofre Meira assumiram parte da responsabilidade pelo esquema 3-6-1, já que foram informados sobre a escalação com quatro dias de antecedência. Krieger e Meira não consideraram absurda a opção pelo sistema com apenas um atacante. Asseguram que fariam uma advertência ao treinador se pensassem dessa forma.
– O time precisa voltar para os
trilhos, precisamos confiar no Celso. Fizemos um grande
jogo na quarta-feira (contra a Universidad de Chile) e um péssimo jogo no domingo (contra o Inter). Se um time que tem condições de crescer não cresce, algo precisa ser feito – comentou Meira.
Um outro fator é decisivo para que Roth não caia agora, apesar da forte pressão exercida desde domingo por parte da torcida e de pessoas com influência junto à direção: não há no mercado profissionais muito melhores do que ele. Além disso, um técnico que assumisse neste momento não teria tempo para mudar o quadro antes do jogo na Colômbia. A multa rescisória do técnico custaria ao Grêmio dois meses de salário de Roth, algo em torno de R$ 440 mil. No ano passado, Dorival Júnior e Renato Portaluppi foram nomes pensados pela direção para uma provável substituição a Celso Roth.
– Tira ele e bota quem? – perguntaram ontem três conselheiros com passagem recente pela direção ouvidos por Zero Hora.
Responsável pela manutenção do técnico, em abril de
2008, logo após a eliminação da equipe
do Gauchão e da Copa do Brasil, André Krieger disse ser o principal responsável pela atual situação do time. Ao elogiar Roth pela campanha no Brasileirão passado, quando muitas opiniões indicavam que o Grêmio fracassaria, Krieger disse ser injusto “desconsiderar todo o trabalho”.
– Todos os técnicos vacilam. Preciso agir com prudência e equilíbrio, mesmo que me contrarie como torcedor – ressaltou.
Entre cobranças e ponderações da reunião de amanhã, a direção também começará a planejar as próximas semanas e, principalmente, como fazer para conciliar a obrigatoriedade de conquista da Taça Fábio Koff – o segundo turno do Gauchão – e os jogos decisivos da fase de classificação da Libertadores.
– É hora de buscarmos as fragilidades do time. Precisávamos vencer o primeiro turno do Gauchão e falhamos. Isso complicará nosso planejamento – disse Meira.
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