| 23/02/2009 08h07min
O mais velho dos 25 jogadores inscritos pelo Grêmio para a Libertadores é, também, um dos mais ansiosos por disputar a competição. Autor dos dois gols no 2 a 0 contra o Juventude, que levou o time às semifinais da Taça Fernando Carvalho, o atacante Alex Mineiro, 33 anos, sonha em repetir o feito de Jardel, que marcou 12 vezes em 1995.
Daquele ano, em que surgia como uma promissora revelação das categorias de base do América-MG, Alex diz recordar da afinada parceria entre Jardel e Paulo Nunes. E da empolgação da torcida com a Libertadores. A mesma que percebe agora.
Alex Mineiro sentiu o gosto da Libertadores pela primeira vez em 1997, dois anos depois de Jardel brilhar nela. Era reserva de Marcelo Ramos no Cruzeiro e marcou um gol contra o Grêmio, no Mineirão. Naquele ano, a Raposa saiu de situação delicada na primeira fase e acabou campeã.
– O Grêmio incorpora essa alma argentina e uruguaia. Dá para ver que o time está muito encorpado. Vamos chegar longe. E eu, claro, quero colocar no meu currículo que fui o goleador – avisou Alex.
A volta dos gols traz alívio. Havia 28 dias estava sem marcar. O único gol pelo Grêmio, de pênalti, havia sido contra o Esportivo. Apesar das boas atuações, Alex não escondia a ansiedade.
– Ficar sem fazer gol representa um peso. Mesmo o atacante mais experiente perde a confiança. Desta vez, fiz gol até sem goleiro. É sinal de que as coisas estão melhorando – sorriu, ao final de uma animada entrevista, marcada por brincadeiras com o tamanho da cabeça do lateral- direito Ruy, mineiro como ele e companheiro de quarto nas concentrações.
A animação de Alex com a Libertadores reflete a do clube. Os discursos empolgados após o jogo contra o Juventude indicavam que a campanha deste ano já está deflagrada. Para o vice de futebol André Krieger, “a grande caminhada começa quarta-feira”. O dirigente não descartou time misto no jogo pelas semifinais do Gauchão, sexta-feira, no Olímpico.
O presidente Duda Kroeff foi ainda mais enfático.
– A guerra começa contra o Universidad. Tenho certeza de que o grupo está pronto – analisou.
Ainda inconformado com o acúmulo de jogos na semana, alguns deles decisivos, Celso Roth revela preocupação com o alto nível dos participantes da Libertadores. Destaca, sobretudo, a diferença entre as competições, principalmente quanto à exigência física aos jogadores.
– Nessa época, é normal que um jogador corra cerca de 12 quilômetros por jogo. É nossa média no Gauchão. Na Libertadores, se corre 16 ou 17 quilômetros. Contra o Universidad, vamos sentir pela primeira vez essa diferença – alertou o técnico.
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