| 10/02/2009 04h09min
O clássico do mundo. Foi desta forma que o comentarista e ex-jogador Paulo Roberto Falcão classificou o confronto entre Brasil e Itália, as duas seleções com mais títulos mundiais, que volta a ser travado hoje. O palco será o Emirates Stadium, estádio do Arsenal, em Londres, às 17h45min (horário de Brasília).
Sob o frio que castiga a Europa, jogadores brasileiros enfrentaram nevasca durante o treino de ontem no palco do jogo. Se os dos treinadores discordam em relação à imoprtância do confronto, suas opiniões convergem sobre a preparação.
Dunga e Marcelo Lippi reclamam que o tempo foi curto para preparar seus atletas. Mesmo assim divergem em relçação à importância da 13ª partida entre as duas seleções.
— É só um amistoso, não é um jogo de Copa do Mundo. Não é uma hegemonia em amistosos que vai fazer diferença — minimizou o treinador brasileiro.
Além de parafrasear o ex-craque Paulo Roberto Falcão ao dizer que se está diante do
"clássico do mundo", Lippi mostrou-se
entusiasmado na coletiva.
— São duas seleções com muitos títulos. Jogaremos diante de 65 mil pessoas. O mundo inteiro prestará atenção. É um jogo real — falou o treinador que levou a Itália ao tetracampeonato mundial em 2006.
Se a divergência a respeito da importância do jogo também é real, os dois técnicos concordam quanto às dificuldades. Dunga e Lippi dizem que o tempo de trabalho é muito curto para o campo pesado que se apresenta sob o gelado inverno londrino.
Além de classificar o confronto com a Itália como um "estímulo especial", Dunga lamentou a falta de tempo para recuperar jogadores que atuaram por suas equipes na Europa na rodada do fim de semana. Sem Kaká, Anderson e Luis Fabiano e sem poder contar com substitutos, Dunga respondeu de forma breve as perguntas sobre o aproveitamento do centroavante Amauri, vetado pela Juventus.
— Não fiquei aborrecido pelo fato de a Juventus não ter liberado o jogador. Há uma regra e
ela precisa ser respeitada — disse.
As
duas seleções já disputaram 12 jogos. São cinco vitórias para cada lado e dois empates. Cada equipe marcou 19 gols. Há 12 anos, os dois times não se enfrentavam.
A Itália pôde se preparar com um pouco mais de tempo para o confronto. Na manhã de ontem, sob céu azul, o treinador Marcelo Lippi comandou um treino no estádio San Siro, em Milão, no qual preparou o setor defensivo para atual diante do Brasil. No início da noite, já em Londres, Lippi levou os jogadores para reconhecer o gramado.
FORA DE CAMPO
Há mais de 10 dias problemas como a denúncia de violência sexual contra Robinho, a convocação frustrada do atacante Amauri, da Juventus, a demissão de Felipão e até a extradição de Cesare Battisti não param de se suceder. Diante de tantas perguntas sobre temas fora do jogo, Dunga preferiu o foco:
— Acabei de treinar agora. Estou preocupado com a seleção.
OS DESFALQUES
Sem Kaká, Luís Fabiano e Anderson, cortados por contusões, e
Amauri, convocado fora do prazo, Dunga conta apenas com 19 jogadores no elenco que enfrentará a atual campeã mundial e teve que receber reforço de quatro juniores do Arsenal para poder treinar no gramado do Emirates Stadium ontem.
Ficha técnica:
Brasil — Júlio César; Maicon, Juan, Lúcio e Marcelo; Josué, Gilberto Silva, Júlio Baptista (Elano) e Ronaldinho; Robinho e Adriano. Técnico: Dunga.
Itália — Buffon; Zambrotta, Cannavaro, Legrottaglie e Grosso; Pirlo, Perrotta, Camoranesi, Aquilani e De Rossi (Pepe); Toni. Técnico: Marcello Lippi.
Árbitro — Mike Riley (Fifa-ING)
Horário — 17h45 (de Brasília)
Local — Emirates Stadium, em Londres (Inglaterra)
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