Completa duas semanas hoje, ainda longe do capítulo final, a crônica em que se transformou a investida do Grêmio por um atacante argentino. A indefinição sobre a vinda de Herrera, 25 anos, ou Maxi López, 24, abre espaço para o paulista Jonas, 24.

Herrera foi sempre a primeira alternativa. Atacante de flanco, com bom conceito entre os torcedores, é considerado pelos dirigentes o parceiro ideal para Alex Mineiro. Esta semana, em entrevista ao diário El Dia, de La Plata, o jogador revelou sua intenção de retornar ao Olímpico.

O acerto esteve próximo. Convencido de que o Gimnasia honraria o compromisso de emprestá-lo por um ano, ao preço de R$ 1 milhão, o Grêmio chegou a reservar passagem para Herrera às 23h de terça-feira. A volta do Corinthians à disputa, com oferta de R$ 1,8 milhão por metade dos direitos, alijou o Grêmio. Como o clube paulista não foi além da proposta, os contatos poderão ser retomados.

Maxi López está distante. Ontem, em Bento Gonçalves, o empresário Fernando Otto reiterou ao diretor de futebol Luiz Onofre Meira e ao executivo Mauro Galvão que o Moscou só empresta o jogador por sete meses. O Grêmio não aceita investir US$ 1,2 milhão (R$ 2,7 milhões) e correr o risco de perdê-lo após a Libertadores.

– Não há 100% de convicção quanto à relação custo-benefício – diz Meira, insistindo em um ano de contrato.

Otto não se dá por vencido. Cogita, até mesmo, a hipótese de o Moscou ajudar a pagar os salários do jogador. Na Rússia, o argentino recebe 175 mil euros mensais (R$ 525 mil), valor que aceitaria reduzir pela metade para atuar no Grêmio.

Mesmo valorizado pelos 10 gols marcados pela Portuguesa no Brasileirão, Jonas não constava na lista dos que iriam para a pré-temporada. Submetido a uma artroscopia no joelho esquerdo, que o deixará sem atuar por um mês, o colombiano Perea dá ao atacante revelado pelo Guarani a chance de mostrar sua capacidade.

– Jonas está aqui na Serra e deverá ser aproveitado – garante Meira.