Mesmo com problemas de lesões há mais de um ano, Sorondo se manteve em forma. No alto do seu 1m90cm, o zagueiro continua esguio em 82 quilos. Durante os longos períodos de recuperação, nem mudou a dieta. Seus hábitos alimentares seguem iguais.

– Eu como bastante, cara – sorri.

Nos últimos dois dias, o próprio uruguaio tratou de preparar os assados e massas de que tanto gosta. Como a família está em férias em Punta Del Este, no Uruguai, Sorondo ficou sozinho na casa de dois andares que alugou no início do ano passado, no bairro Chácara das Pedras. É uma bagunça, como admite, mas a alimentação está ao ponto.

– Ele gosta de picanha. O gringo é bom de garfo – confirma Paulo Amorim, um dos empresários do jogador.

Para quem foi assolado por lesões em 2008 e esteve em campo apenas o equivalente a sete jogos, a reserva energética dos últimos dias é providencial. A pré-temporada em Bento Gonçalves será um recomeço.

Há mais de um ano ele sofre com os problemas no joelho esquerdo. No último deles, em agosto, depois de sair com dores no intervalo do primeiro Gre-Nal da Copa Sul-Americana, Sorondo quase esmoreceu. Primeiro, segurou as lágrimas na frente dos médicos, que lhe comunicaram a necessidade de nova cirurgia. Depois, em frente aos jornalistas, quando questionado sobre a lesão.

– Foi a hora mais difícil – entrega.

Os médicos, porém, deixaram claro que tinham um novo projeto para ele. Seria uma recuperação a longo prazo.

Resignado, Sorondo entregou-se às sessões diárias de fisioterapia e musculação. Até durante as férias em Montevidéu, em dezembro, ele se preparou. Nos primeiros testes Sorondo nada sentiu. O zagueiro reconhece que ainda não está 100%. Nessa primeira semana, ele nem tocará na bola com os companheiros. Na próxima, espera participar de alguns coletivos.

– Todos os jogadores que passam por cirurgias no joelho ficam um pouco receosos. Nos primeiros treinos não forçarei tanto – revela.