| 18/12/2008 20h28min
A Associação de Arqueólogos Profissionais da Argentina realizou um protesto nesta quinta-feira contra a disputa do Rali Dacar no país. Segundo a entidade, os carros destruirão parte do patrimônio arqueológico local, além de causarem danos ambientais.
– O percurso definitivo da corrida ainda não foi divulgado e não se conhece com exatidão. Muitas das jazidas, que contam milhares de anos de história, vão ser destruídas pelos veículos – disse a presidente da associação, Norma Ratto.
A entidade considera o Dacar “mais uma prova de resistência do que um rali convencional”. A prova tem um percurso de 10 mil quilômetros e contará com a participação de 230 motos, 30 quadriciclos, 188 carros e 82 caminhões.
– Os participantes se deslocam por terrenos onde não existem vias de circulação, e atravessam zonas de areia, rocha, barro e vegetação natural – justificou Norma.
O governo da Argentina, no entanto, parece não estar muito preocupado com os possíveis danos ambientes. A Secretaria de Turismo do país qualifica a prova como uma “oportunidade única” para atrair visitantes estrangeiros e promover o turismo.
A próxima edição do Rali Dacar percorrerá a Argentina e o Chile entre 3 e 18 de janeiro. É a primeira vez que a prova deixará o continente africano em três décadas. A causa é o cancelamento da edição de 2008 devido a ameaças terroristas.
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