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 | 07/12/2008 22h31min

Muricy critica dirigente da federação paulista

Técnico afirma que fez jogadores acreditarem no título porque tem esse poder

Apesar de feliz pelo tricampeonato consecutivo do São Paulo conquistado neste domingo, com a vitória sobre o Goiás em Gama, o técnico Muricy Ramalho não perdeu a chance de criticar a troca de árbitros promovida pela CBF e a suposta denúncia de suborno feita pelo presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Marco Polo Del Nero:

— Acho que tem que ser investigado. Não pode o cara jogar no ventilador e sair. A pessoa que denunciou tem que provar, e quis tirar o brilho do campeonato. Aqui ninguém é bobo. Essa pessoa tem que pagar.

Em nota oficial, o Ministério Público de São Paulo explicou que foi consultado por Marco Polo Del Nero, presidente da FPF, sobre uma suspeita de tentativa de manipulação. O dirigente teria passado a informação à CBF. Tardelli foi afastado da partida, e o baiano Jaílson Macedo Freitas foi selecionado para comandar Goiás x São Paulo. A CBF se pronunciará sobre o assunto nesta segunda-feira.

Tricampeão

Muricy deixou a modéstia de lado para comentar o título. Sempre com seu estilo emburrado, o treinador fez questão de ressaltar sua importância na conquista, assim como a do presidente Juvenal Juvêncio, que o manteve no cargo mesmo após a eliminação na Libertadores.

— Com certeza eu fiz os jogadores voltarem a acreditar, isso eu fiz, porque eu tenho esse poder. Eles acreditaram no técnico. O Juvenal fez mais uma vez o certo, acreditar no meu trabalho — disse o treinador, que, curiosamente, fez uma dedicação especial do título ao apresentador Fausto Silva, o Faustão, além do ex-técnico Rubens Minelli, que, assim como Muricy, é tricampeão nacional.

Depois de confirmar o título somente na última rodada do Brasileirão, Muricy admitiu que a conquista foi mais complicada do que em 2007.

— Muito mais difícil esse ano, muito mais complicado, não só porque perdemos a Libertadores, aconteceram muitas coisas. Eu fui forte e os jogadores também. Errar todo muito erra, e nesse ano nós erramos um pouquinho mais. É lágrima de trabalho, do que eu passei esse ano. O Juvenal me segurou, mas o que mais me segurou aqui foi a torcida — afirmou Muricy, quando questionado sobre sua emoção ao fim do jogo no Bezerrão.

Para o treinador, a arrancada do São Paulo foi motivada pelos períodos maiores de treinamento:

— Todos querem jogar quarta e domingo, inclusive os jogadores. Mas o jogador precisa treinar.

Agência Estado
 

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