As grandes decisões no Beira-Rio, como a final da Copa Sul-Americana da próxima quarta-feira, às 22h, são assistidas somente por sócios. Foi assim também contra o Pachuca, na final da Recopa 2007. Pensando nisso, o clube estuda um sistema de confirmação de presença para os associados, que pode incluir desconto na mensalidade.

— Encomendamos um software de uma empresa do Rio de Janeiro para que o sócio se comunique com o Internacional, infelizmente não nos entregaram ainda. Estamos pensando em dar uma compensação àquele sócio que se comunica dizendo que não vem. Estudamos uma premiação, como uma bolsa de ingressos. O sócio que paga sua mensalidade em dia e tem direito ao acesso coloca seu ingresso na bolsa. Caso seja vendido, ele vai ter uma retribuição por esta participação com o clube e com o torcedor que deseja ir ao estádio — disse o vice-presidente de administração, Décio Hartmann.

O maior problema de ter um grande número de sócios (cerca de 78 mil) é que não se sabe quantos dos associados da modalidade antiga (cerca de 38 mil), que entram no estádio sem precisar comprar ingresso, irão a cada jogo. Por isso, há partidas em que os ingressos se esgotam e o estádio não lota. Para a decisão contra o Estudiantes, o clube imagina que pelo menos 30 mil comparecerão, baseado nos números da final da Recopa, em que pouco mais de 30 mil sócios da modalidade antiga foram ao Beira-Rio. A distribuição de lugares ficaria assim:

• 30 mil sócios da modalidade antiga
• 11 mil ingressos vendidos para sócios campeão do mundo
• 3,8 mil menores de 12 anos
• 2,5 mil torcedores do Estudiantes
• 1,5 mil lugares vazios por questão de segurança, para separar as duas torcidas
• 1,1 mil ingressos para patrocinadores

Ao todo, são 49,9 mil lugares. A capacidade do Beira-Rio é um pouco maior — mais de 56 mil assistiram à final da Libertadores 2006 —, mas o clube se preocupa com os "desvios estatísticos", ou seja, a possibilidade de que mais de 30 mil sócios ou 3,8 mil menores compareçam.

— Trabalhamos com dados estatísticos e a estatística em regra confirma, ficando muito próxima da realidade, mas às vezes há desvios — justifica Hartmann.

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