| 20/11/2008 17h14min
São Paulo e Goiás não poderão atuar no Estádio Serra Dourada no dia 7 de dezembro, pela última rodada do Brasileirão. O Presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Rubens Approbato, indeferiu na tarde desta quinta o pedido de efeito suspensivo do clube goiano, que perdeu o mando de campo por três partidas após tumulto entre a torcida local e a do Cruzeiro.
O clube terá agora que esperar seu recurso ser julgado, que ainda não tem data marcada para ser analisado pelo Pleno. No último domingo, o Goiás recebeu o Botafogo no Estádio Juscelino Kubitschek, na cidade goiana de Itumbiara. De acordo com o Regulamento Geral das Competições (RGC), a equipe punida tem de atuar em um local no mínimo 100 quilômetros de distante da praça interditada.
Na partida contra o time carioca, a diretoria do clube esmeraldino calculou um prejuízo de cerca de R$ 100 mil com o transporte para Itumbiara, hospedagem e gastos com funcionários. O público pagante foi de apenas 4.466 pessoas.
Jogo pode ocorrer em Brasília
Para o duelo com o São Paulo, nada está definido, já que o clube ainda tem um prazo para solicitar uma possível mudança caso o jogo não seja no interior goiano. A diretoria do São Paulo quer que a partida aconteça em Brasília, já que assim seria mais fácil organizar a logística para o duelo que pode valer o sexto título brasileiro do clube.
O clube paulista lidera a competição com 68 pontos, dois a mais que o Grêmio. Já o Goiás ocupa o sexto lugar na tabela com 51 pontos. O time não pode alcançar mais um lugar na Libertadores 2009, tendo de se contentar com uma vaga na Sul-Americana.
A punição
No último dia 2, o Goiás goleou o Cruzeiro por 3 a 0 no Serra Dourada. Aos nove minutos de jogo, torcedores dos dois times brigaram nas arquibancadas do estádio, obrigando o árbitro Paulo César de Oliveira interromper a partida em um minuto. No último dia 10, a Primeira Comissão Disciplinar do STJD puniu o clube goiano com a perda do mando de campo por três partidas, além de multa de R$ 50 mil.
Na súmula da partida foi informado que o policiamento tomou as devidas providências, utilizando balas de borracha e bombas de efeito moral para conter o tumulto. Porém, na denúncia foi informado que imagens divulgadas na imprensa mostraram que houve demora da Polícia Militar em debelar o confronto. Além disso, foi alegado que o tumulto foi facilitado pela ausência de grades para separar as torcidas, fatores que levaram a Procuradoria a constatar falha na prevenção e tardia repressão.
O Goiás foi denunciado no artigo 213 (Deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de desporto) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). Foi o sexto julgamento do clube no artigo 213 do CBJD em 2008. Em quatro deles, a defesa conseguiu a absolvição. Porém, em julgamento realizado dia 4 de novembro, o Goiás acabou punido com a perda de um mando de campo e multa de R$ 10mil.
As informações são do site Justicadesportiva.com.br.
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