| 11/09/2008 04h52min
O uruguaio Richard Morales se destaca por onde anda no Olímpico. Mesmo entre outros gigantes do Grêmio, é impossível deixar de reparar no 1m96cm do novo centroavante.
A altura do jogador, trazido do Nacional, de Montevidéu, é assunto desde a chegada a Porto Alegre. Na tarde de 31 de agosto, conselheiros que entraram no elevador do estádio para assistir a Grêmio e Vasco, tiveram que erguer a cabeça para conversar com a nova estrela.
Nos treinamentos, Morales, ou Chengue, apelido que recebeu no Uruguai, é quem mais aparece devido ao tamanho. Durante o trabalho de ontem, realizado sob intensa chuvarada no gramado suplementar, o centroavante marcou um gol em cobrança de pênalti.
E confirmou suas características de jogador combativo, para quem não há “bola perdida”. Em mais de um lance, estatelou-se no gramado molhado, levando junto um dos marcadores.
— O bicho é alto demais. Quase dá para passar pelo meio das pernas dele —
brinca Makelele, de 1m73cm, um dos mais baixos do
grupo.
Acostumados a enfrentar atacantes nem tão altos nos coletivos, Pereira, 1m89cm, e Réver, 1m92, agora vivem um novo transtorno e sofrem para marcar o gigante uruguaio.
— Ele ganha todas pelo alto. Faz uma briga feia com o Pereira — sorri Reinaldo.
Há outras curiosidades: como não consegue acomodar as pernas sob a bancada onde os jogadores concedem entrevistas, Morales fica recostado na parte de trás da cadeira. Com isso, obriga os repórteres de rádio e televisão a espichar o braço para manter os microfones perto dele.
Apesar da altura privilegiada, a maioria dos seus gols, que ele não se preocupa em contabilizar, não são marcados de cabeça.
— Também sou muito habilidoso com os pés — graceja Morales, que calça chuteiras número 45.
Elogiado pelo técnico Celso Roth e já inscrito no Brasileirão, Morales se coloca como alternativa para enfrentar o Goiás, sábado. A hipótese, no
entanto, é remota. Reinaldo deverá atuar ao lado de Marcel. E Soares será
o reserva no ataque. Além disso, é necessário adquirir o condicionamento ideal. A última partida foi dia 13 de julho, pelo Nacional.
— Quero muito jogar, não sei por quantos minutos, mas a decisão não é minha — diz o centroavante.
Ambientado com os novos companheiros, ele diz estar gostando de Porto Alegre.
— Me sinto em casa. A cidade é bem parecida com Montevidéu. Só não tem mar — afirma, lembrando da praia de Pocitos, na capital uruguaia.
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No treino, em mais de um lance o jogador estatelou-se no gramado molhado, levando junto um dos marcadores
Foto:
Jefferson Botega
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