| 10/08/2008 07h36min
Para o vice de futebol Giovanni Luigi, o Brasileirão começa neste domingo, às 18h10min. É o fim do primeiro turno, mas para o Inter o jogo contra o Figueirense tem simbolismo diferente.
— Vamos começar o campeonato domingo — anunciou Luigi, quinta-feira, depois do 2 a 1 para o Cruzeiro.
Com o grupo ainda em formação, com jogadores que chegam e saem, Ele trata a partida como um marco. O torcedor vai seguir a programação dos últimos jogos e terá, pelo menos, uma estréia neste final de tarde, a de Daniel Carvalho.
É como se um novo Inter surgisse da cabeça de Tite a cada jogo. O técnico se vê obrigado a mudar a escalação pela
14ª vez desde que assumiu, na sexta rodada. As modificações terão que ser
certeiras. Pela projeção dos jogadores, o time precisa conquistar 40 dos 60 pontos que ainda terá pela frente até o fim do Brasileirão. Os primeiros três precisarão ser obtidos necessariamente neste domingo.
— Tanta mudança atrapalha. É ruim para o treinador não conseguir manter uma equipe. Compromete o entrosamento. Quando o time é mantido por várias partidas, você sabe o posicionamento do companheiro até sem vê-lo — constata Nilmar.
Diferencial da equipe, autor de nove gols, o atacante é um dos que mais sofrem com tanta variação. Contra o Cruzeiro, teve Adriano a seu lado. Desta vez, o provável parceiro será Daniel, com quem formou dupla no Inter em 2003 e na seleção sub-20 no mesmo ano. Mas nada impede que o centroavante Luiz Carlos entre no decorrer. Nilmar sequer treinou com ele. Talvez nem tenham conversado.
O lateral-esquerdo Marcão também reclama das seguidas mudanças. Cita como exemplo a série de sete partidas sem derrota, iniciada no
empate em 1 a 1 com o Grêmio e
finalizada nos 2 a 0 sobre o São Paulo. Foi a melhor fase do Inter na competição, em que o aproveitamento superou os 67%. O segredo, diz o jogador, esteve na manutenção das peças.
— Naquele momento, o time não teve modificações — recorda Marcão.
Com retorno projetado para o primeiro Gre-Nal da Sul-Americana, quarta-feira, o meia Alex é enfático ao dizer que as mudanças em meio ao campeonato geram "sofrimento" ao time. Os resultados positivos levam mais tempo a aparecer.
— No futebol, nada é instantâneo — preocupa-se.
Mudanças à parte, Luigi dá peso especial ao jogo. Quinta-feira, ainda no vestiário do Mineirão, após a derrota para o Cruzeiro, o vice de futebol destacou que o encerramento do primeiro turno pode representar a retomada dos projetos que foram se perdendo nas rodadas anteriores. Nilmar concorda, embora use uma declaração surrada:
— No Brasileiro de pontos corridos, todo
jogo é uma decisão.
Escalação: Clemer;
Wellington Monteiro, Índio, Sorondo, Marcão; Edinho, Guiñazu, Rosinei, Taison, Daniel Carvalho, Adriano; Nilmar; Técnico: Tite
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