| 08/08/2008 04h25min
A liderança começa a cobrar o seu preço. Após a vitória sobre o Ipatinga, o técnico Celso Roth admitiu que o Grêmio possa ter chegado ao seu limite físico no Brasileirão. Conseqüência do desgaste acumulado ao longo de 18 rodadas. Há sete jogos, a formação básica do time tem sido praticamente a mesma. E devido à derrota do Inter para o Cruzeiro, é preciso nova vitória contra o Atlético-MG, amanhã, para terminar o primeiro turno na liderança do campeonato.
Um dos mais desgastados, junto com o zagueiro Pereira e o atacante Perea, o lateral-direito Paulo Sérgio não esconde a vontade de descansar. Desde 2005, quando o Figueirense, seu clube na época, teve o calendário inchado por Brasileirão, Campeonato Catarinense, Copa do Brasil e Sul-Americana, ele não enfrentava temporada tão desgastante.
Quarta-feira, o jogador passou a sentir as duas pernas "pesadas" a partir da metade do segundo tempo. O mesmo havia ocorrido domingo, contra o Vitória. Paulo Sérgio só não teve
atendido o seu pedido de
substituição porque Anderson Pico sentiu o tornozelo esquerdo e deu lugar a Felipe Mattioni.
— É muita correria. É jogo em cima de jogo. Essa pode ser a hora certa de parar e volta renovado - afirma o jogador.
O lateral é o recordista de jogos em 2008. Nas 42 partidas oficiais do ano, ele só esteve fora contra Fluminense e Palmeiras, pelo Brasileirão, e 15 de Campo Bom, em março, ainda no Gauchão, quando o Grêmio usou reservas.
Roth não descarta um revezamento de jogadores. Admite que andar na frente de 19 concorrentes acarreta carga extra:
— É complicado ser o alvo dos outros.
O técnico não adianta quais serão as modificações. Nem se as alterações passarão a ocorrer amanhã, contra o Atlético-MG, no Mineirão, ou somente no primeiro Gre-Nal da Copa Sul-Americana, dia 13.
Uma das mudanças poderá ser a troca de Pereira, que jogou 28 vezes este ano, por Léo, recuperado de lesão
muscular. Também é cogitada a troca de Perea por Souza ou Reinaldo. A
possibilidade de convocação para jogos amistosos pela seleção colombiana, dias 17 e 21, incomoda o atacante. Ele admite que cada saída representa prejuízo técnico.
O preparador físico Flávio de Oliveira diz que é preciso agir "com sabedoria" para driblar o desgaste. Uma das estratégias é aumentar o repouso e controlar a alimentação, reforçando-a com suplementos. Como Roth, ele reclama do calendário brasileiro, "que submete os jogadores a uma maratona". E elogia o empenho dos jogadores.
— Ainda é muito cedo para comemorar os resultados. Recém nos encontramos no meio da montanha — avisa Oliveira.
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