| 04/08/2008 13h22min
Após dar um susto na comissão técnica ao sofrer uma lesão na coxa esquerda poucos dias antes do embarque da seleção brasileira para a Austrália (onde o time fez aclimatação para a Olimpíada de Pequim), a ala Micaela voltou a jogar nesta segunda-feira. Na vitória em um jogo-treino contra a Espanha, ela atuou por alguns minutos, mas não marcou pontos. Depois da partida, a atleta admitiu ter ficado um pouco receosa.
– O Paulinho (técnico) falou que não ia me forçar muito. Eu não senti dor, mas, correndo, ainda penso na lesão – comentou a jogadora, que agora luta para estar no melhor de sua forma na estréia da seleção brasileira nos Jogos Olímpicos, programada para o dia 9, contra a Coréia do Sul – Tenho treinado normalmente, está tudo tranqüilo. Só preciso ter ritmo, tenho que estar 100% até sábado.
De acordo com o técnico Paulo Bassul, a decisão de preservar Micaela foi evitar a repetição do ocorrido com Érika, cortada da Olimpíada.
– A Espanha poupou a Valdemoro, nós poupamos a Micaela. Ela vai bem depois da contusão, está inteira. Preferi preservá-la para não arriscar e não acontecer o que aconteceu com a Érika, que estava recuperada da lesão, mas voltou forte demais no seu time e acabou sentindo de novo — afirmou.
Bassul também preferiu não deixar a pivô Kelly, que não participou da preparação da equipe em solo nacional, por muito tempo em quadra. E se justificou.
– A Kelly foi poupada por uma questão tática. Ela veio da WNBA, em que joga em outra posicão e ainda está encontrando o seu lugar aqui. Quando ela começou a lembrar as jogadas, o jogo cresceu – analisou.
A atleta, por sua vez, concordou com a decisão do comandante.
– Estou sabendo usar mais meu jogo. Antigamente, jogava mais nas posições quatro e cinco. Hoje, jogo mais de cinco. Estou me sentindo psicologicamente cada vez mais forte. Na WNBA, não jogo muito, sabia disso, mas foi uma aposta ter ido para lá. Tenho uma aula de basquete todo dia, está sendo útil. Aqui, temos um grupo novo, não dá para dizer onde vai chegar, temos que jogar um jogo de cada vez – opinou.
O técnico ainda ressaltou a importância do crescimento da armadora Adrianinha na partida, já que ela ainda se recupera de uma pneumonia.
– A Adrianinha é uma jogadora que depende muito do estado físico, é enérgica. A medida que vai melhorando seu estado físico, vai ficando melhor em quadra – argumentou.
O quinteto inicial do Brasil nesta segunda foi Karla, Claudinha, Chuca, Êga e a pivô Grazi, substituta de Érika.
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