| 04/08/2008 10h46min
A vitória do Figueirense por 2 a 1 diante do Náutico, sábado, nos Aflitos, em Recife, foi construída em dois atos: a qualidade do atacante Rafael Coelho, autor dos dois gols do time, no primeiro tempo; e a raça alvinegra, mais do que necessária para suportar a pressão de um time que jogava em casa e teve um jogador a mais durante quase todo o segundo tempo — Bruno Aguiar foi expulso aos cinco minutos da etapa final. Os "dois" devem estar em campo novamente na quinta-feira, quando o Furacão recebe o Botafogo, às 20h30min, no Orlando Scarpelli.
Antes da próxima batalha, o descanso. Neste domingo teve festa em Biguaçu, onde mora Rafael Coelho, o único manezinho do time, e que resolveu a parada em Recife. Ele estava com saudade de marcar gol pelo time catarinense e já fez logo dois: o primeiro em um chutaço de fora da área, aos sete minutos, e o segundo em um cabeceio firme, aos 27.
— O pessoal fez um churrasco, fazia tempo que eu não marcava gol pelo Figueirense —
contou o jogador.
O
último gol dele com a camisa alvinegra havia sido marcado no dia 25 de março do ano passado, no empate em 4 a 4 com o Guarani, no Scarpelli, pelo Catarinense. Ele ainda lembra daquele gol, quando aproveitou o rebote de um cabeceio de Victor Simões e mandou para as redes.
Rafael terminou o Estadual daquele ano com quatro gols em 15 jogos. Teve também uma participação na Copa do Brasil, na vitória por 2 a 0 sobre o Madureira. Presença marcante para o "ano de estréia" entre os profissionais, então com 18 para 19 anos.
Depois, com as contratações que o alvinegro foi fazendo ao longo da temporada, entre acertos (como de Otacílio Neto e Jean Carlos) e erros (como Frontini e Thiago Gentil), acabou perdendo espaço e não atuou no Brasileirão.
No início deste ano, mais uma vez foi preterido. Como não fazia parte dos planos do ex-técnico Alexandre Gallo, ficou apenas treinando, à espera de uma nova chance, ou dentro do clube que o revelou ou fora de
Florianópolis. A oportunidade apareceu no início
de junho: um estágio no Utrecht (Holanda).
O jogador atuou em três amistosos e barbarizou. Os holandeses queriam o jogador, mas a negociação para uma transferência definitiva não evoluiu e o sonho de jogar na Europa foi adiado.
Rafael acabou ficando na Capital e foi reincorporado ao elenco profissional. Foi PC Gusmão quem deu a primeira chance ao jogador. O manezinho estreou no Brasileiro no jogo contra o Vasco, entrando no segundo tempo. Nos últimos três jogos foi titular e, ontem, pela primeira vez, marcou gol. E logo dois.
— Tive a felicidade de fazer dois gols, o primeiro foi um belíssimo gol, acertei um belo chute — comemorou o jogador do Figueirense.
Atleta alvinegro comemorou com os parentes a boa atuação que teve no sábado na vitória em cima do time pernambucano
Foto:
Susi Padilha
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