| 06/07/2008 18h04min
O Figueirense provou, neste domingo, que está motivado com o novo comandante — PC Gusmão — ao vencer de virada o Vasco, por 2 a 1, com a estrela de Cleiton Xavier brilhando no segundo tempo e mantendo a invencibilidade do alvinegro catarinense em jogos no Orlando Scarpelli.
O Vasco abriu o placar aos 44 do primeiro tempo, com o zagueiro Rodrigo Antônio, sob o olhar atento do novo presidente do clube e ex-craque cruzmaltino, Roberto Dinamite, que assistia ao jogo no Scarpelli.
Após perder um pênalti na primeira etapa, Cleiton Xavier se redimiu ao empatar com um golaço de voleio aos 32 do segundo e caiu nas graças da torcida quando virou o jogo, aos 41 minutos.
Subida na tabela
Com o resultado, o Figueira soma três vitórias e dois empates em casa. O sucesso na partida deste domingo deixou o Figueirense na décima colocação da tabela, com 12 pontos ganhos — três vitórias, três empates e três derrotas. O Vasco manteve o 11º lugar, empatado com o Inter.
Etapa inicial
O primeiro tempo no Scarpelli rolou exatamente como as equipes prometeram: de forma ofensiva. Muita velocidade e movimentação em campo, com maior posse de bola e volume de jogo do Figueirense e boas oportunidades criadas também pelos vascaínos, com um contra-ataque muito rápido.
Foi o time da casa que pressionou praticamente sozinho nos primeiros 10 minutos. Aos 19, porém, veio a melhor oportunidade do início da primeira etapa, e foi para o Vasco. Em uma saída errada do Figueira, Edmundo entrou na área pelo meio e passou para Leandro Amaral, que chegava pela direita. Ele chutou no ângulo mas a bola ficou na trave.
Aos 23, foi Tadeu, um dos jogadores de maior movimentação na partida, que teve uma boa chance. Ele tirou com categoria o zagueiro vascaíno da jogada, entrou pela esquerda da área, mas perdeu o ângulo e chutou no goleiro Tiago, protagonista de excelentes defesas na partida.
Dois minutos depois, uma falta perigosíssima em cima de Tadeu agitou a torcida do time da casa. Da meia-lua, Cleiton Xavier bateu e o goleiro Tiago defendeu, usando mãos e pés para afastar o perigo.
Criando mais e segurando a bola no campo ofensivo, o Figueira fez uso de diversas formas para invadir a área adversária: pela direita, esquerda e centro. Com a proteção do volante Magal, o Vasco chegava menos à área ofensiva. Apesar de criar menos, o time carioca foi mais eficiente na primeira etapa.
Aos 35, foi Tiago quem provou sua eficiência. O goleiro vascaíno, que se destaca pela boa defesa de penalidades, brilhou no Scarpelli. Edu Sales sofreu pênalti que Cleiton Xavier cobrou rasteiro, no lado esquerdo do goleiro. Tiago não só caiu para o lado certo como agarrou a bola com segurança e frustrou a torcida alvinegra.
Sem sucesso nas tentativas de abrir o placar, o Figueira tomou um gol aos 44 minutos. No cruzamento pela direita, em uma oportunidade de bola parada, a zaga alvinegra deixou nos pés do Vasco, que precisou de três chutes para colocar a bola dentro do gol, após duas bolas na trave. O último toque foi do zagueiro Rodrigo Antônio, que acertou na terceira tentativa cruzmaltina, quando finalmente a bola entrou para abrir o placar no Scarpelli.
Segundo tempo
O Figueira entrou com Ricardinho no lugar de Tadeu. A idéia era impor velocidade e ir para cima do Vasco em busca do empate. Logo aos 5 minutos do segundo tempo, Cleiton Xavier apareceu na partida deixando a bola na cabeça de Edu Sales. Ele mandou perigo ao gol de Tiago, que fez outra bela defesa na partida.
Aos 13, foi a vez do estreante Ricardinho ter sua chance. Anderson Luís avançou pela direita, chegou quase na linha de fundo para recuar e encontrar Ricardinho, que chutou cruzado e a bola saiu pelo canto direito do gol de Tiago.
Após o lance, os dois técnicos mexeram no time. Mateus entrou no lugar de Jonílson pelo Vasco e Rodrigo Fabri substituiu Leandro Soares, que estava pendurado com um amarelo.
Aos 16, foi hora do trio de ataque cruzmaltino fazer uma bela jogada na área. A bola passou pelos três — Leandro Amaral, Jean e Edmundo — e foi parar nos pés de Morais, o quarto elemento do ataque vascaíno. Ele lançou para o canto direito do gol de Wilson, que defendeu bem e salvou o Figueira.
A arbitragem, que já se mostrava ineficiente em lances de impedimento com menor perigo às áreas, não foi bem aos 19 minutos e deixou a torcida do Figueirense incomodada. Marquinhos chutou forte nos pés de Edu Sales para que ele completasse. Edu, por sua vez, mandou a bola para o gol, batendo primeiro no travessão do lado direito de Tiago e entrando para balançar a rede. O lance foi anulado, mas o Figueira ainda tinha tempo e garra para virar.
Aos 25 minutos, Rodrigo Fabri fez bela jogada. Ele avançou sozinho, entrou na área pelo centro e, na hora de chutar, desequilibrou e a finalização não foi boa, deixando Tiago seguro para agarrar. Dois minutos depois, Edmundo respondeu em uma cobrança de falta. Da intermediária, ele mandou uma bomba que explodiu na trave do Figueira.
Aos 32 minutos, em uma cobrança de falta feita por Fabri pela direita da intermediária, o zagueiro Eduardo Luiz afastou o perigo mas deixou a bola justamente para o capitão alvinegro, cuja estrela brilhava no Scarpelli neste domingo. Ele matou no peito e, sem deixar cair, anotou um golaço de voleio, se redimindo com a torcida.
Depois, aos 41, em uma prova de boa parceria com Rodrigo Fabri, o capitão marcou o segundo gol da vitória do Figueira. Fabri tomou a bola pelo lado direito da área e quase na linha de fundo recuou alto, deixando na cabeça de Cleiton no centro da pequena área, que completou e marcou, caindo nas graças dos torcedores que compareceram ao Scarpelli.
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