| 27/06/2008 05h28min
Talvez seja mesmo irrelevante ter nascido em solo gaúcho para disputar um Gre-Nal. Prova disso são os três estreantes colorados no clássico: Magrão, Sorondo e Ricardo Lopes. Se dependesse deles, jogariam hoje.
Acostumado a grandes clássicos paulistas, Magrão é um dos mais entusiasmados. No ano passado, não pôde disputar o jogo no returno do Brasileirão porque estava suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Sofreu de casa assistindo ao time perder por 1 a 0, em campo inimigo. Agora, promete jogar pela "segunda-feira feliz" dos filhos, Matheus, 10 anos, e Pedro, 4. Fará tudo para que a duplinha possa ir ao colégio no dia seguinte fardada de vermelho e branco.
— Ainda não joguei Gre-Nal, é verdade, mas meus filhos são o reflexo do clássico. Sei o que eles e os nossos torcedores passarão no dia seguinte se perdermos o jogo. Por
isso vou jogar para os filhos irem tranqüilos à
escola na segunda-feira — disse Magrão.
Apesar de ter jogado o principal clássico paulista pelas duas equipes, o volante jamais fez gols nos confrontos entre Corinthians e Palmeiras. Sua vítima preferida era o São Paulo. Marcou cinco gols em clássicos contra a turma do Morumbi.
— No domingo, só de ver o azul pela frente vou entrar motivadíssimo — comentou o camisa 11 do Inter.
Sorondo até agora só viu o clássico do banco de reservas. Na última vez, Abel Braga o colocou na suplência de Sidnei. Assistiu a um apático Inter ser derrotado e não esboçar reação no Olímpico. Nos tempos de Inter, de Milão, não chegou a encarar o clássico da cidade contra o Milan. Acostumado às broncas entre as seleções do Uruguai e da Argentina, ele considera Danúbio e Defensor a principal rivalidade da sua carreira.
— Vivi de perto os clássicos no Uruguai. São pegados, mas, do ponto de vista do povo nas ruas, não há a mesma
mobilização — comentou Sorondo.
É o mesmo caso de
Ricardo Lopes. Ele já passou pelo Flamengo, mas foi pouco utilizado em clássicos cariocas. No Inter, mostrou bom futebol diante do Botafogo e, após cumprir suspensão, volta à lateral-direita logo no clássico.
— Quem nunca sonhou em jogar um Gre-Nal? Quando se vem de um time de menor expressão (do Sertãozinho), a expectativa fica muito grande. Um clássico tem tudo para fortalecer o jogador.
Saiba mais sobre a história dos Gre-Nais clicando no gráfico abaixo:
O serviço do jogo
Magrão joga seu primeiro Gre-Nal e pensa em salvar a segunda-feira dos filhos
Foto:
Jefferson Botega
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