| 06/06/2008 08h10min
Dirigentes, torcedores e alguns jogadores remanescentes da última temporada olham para o Fluminense fazendo grandes jogos, enfrentando adversários poderosos, classificado para a final da Copa Libertadores da América, e pensam: como teria sido se naquele 6 de junho de 2007 a história do título da Copa do Brasil tivesse sido contada de outra forma?
Nesta sexta-feira, exatamente um ano após a decisão, em que o tricolor carioca venceu por 1 a 0, no Orlando Scarpelli, a situação vivida pelo clube catarinense é bem diferente.
A começar pelo calendário da temporada: sem Copa do Brasil, o Figueirense teve que se contentar apenas com o Campeonato Catarinense no início do ano. Pelo menos assim pôde se dedicar ao Estadual e o título conquistado em Criciúma garantiu o retorno à competição nacional em 2009.
O time também está totalmente modificado. Quem se destacou mais no ano passado (Chicão, Felipe Santana, André Santos, Henrique, Ruy, Victor Simões) acabou se valorizando e foi difícil segurar o assédio de outros clubes. Dos titulares daquele jogo, restaram cinco: o goleiro Wilson, o zagueiro Vinícius (que neste meio-tempo foi emprestado ao Marília), o volante Diogo, o meia Cleiton Xavier e o lateral-direito Anderson Luís (pouco aproveitado após a saída de Mário Sérgio).
Neste sábado, como um presente do destino, os jogadores voltam ao Maracanã, justamente o palco onde começou a decisão do título.
— Sempre que eu volto ao Maracanã eu lembro daquela final. Particularmente, foi um momento muito bom que eu vivi na minha carreira — relembrou o volante Diogo.
Além do grupo modificado, a comissão técnica do Figueirense também mudou desde então: saiu Mário Sérgio, o artífice da inédita campanha alvinegra, e entrou Alexandre Gallo, que recentemente deu lugar a Guilherme Macuglia.
Fluminense é exemplo oposto
No Flu, finalista da Libertadores e bem credenciado ao título, principalmente depois de eliminar pelo caminho "monstros" como Boca Juniors e São Paulo, o cenário é quase o oposto. A direção tricolor manteve o técnico Renato Gaúcho e a maior parte do elenco campeão da Copa do Brasil. Ficaram os jogadores que deram certo e novos valores foram agregados. Fórmula que deu certo.
— Mas o Fluminense mudou muito também, principalmente no ataque. Agora, realmente, cada vez que o Fluminense joga pela Libertadores sentimos aquele gostinho de que temos condições de estar lá também — lembrou o superintendente da Figueirense Participações, Rodrigo Prisco Paraíso.
— Fica como lição: apesar das diferenças de orçamento, podemos disputar qualquer competição de igual para igual com outros clubes. Não podemos ter complexo de inferioridade, temos que acreditar — concluiu o dirigente.
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