O vice-presidente do Grêmio Eduardo Antonini revelou na tarde desta terça-feira que ainda é traumatizado com os resultados da parceria entre o clube e a ISL, no ano 2000. Com o fim da empresa, o Tricolor foi obrigado a arcar com os compromissos firmados na época e, muitos, paga até hoje.

Segundo do dirigente, o clube tem poucos riscos de sair perdendo com a construção da Arena. Antonini revelou ter total confiança na seriedade da empresa portuguesa TBZ e que o contrato deverá passar antes pela aprovação do Conselho Deliberativo do clube antes de ser assinado:

– A escolha da zona norte como local para a construção da arena e o fato do Grêmio não ficar responsável por nenhum financiamento para a realização da obra, praticamente deixa o Grêmio sem correr riscos com o projeto. O consórcio TBZ/OAS fará o financiamento para conseguir fundo para o erguimento da arena e ficará com toda a responsabilidade para cumprir com isto. O Grêmio fica de fora do financiamento. Os 65% que o clube irá lucar nos primeiros 20 anos da utilização da Arena já será bem maior do que nós conseguimos lucrar hoje em dia com o Olímpico. O risco estará com os empreendedores, e não com o Grêmio, pois a área onde está situada o Olímpico só será entregue quando a Arena estiver concluída – disse Eduardo Antonini.

No dia 28 de abril, denúncias foram publicadas no jornal português 24 Horas de que o grupo é alvo de investigação do Ministério Público local por emissão de cheques sem fundos e pirataria de produtos. Manoel Tinoco de Faria, representante da TBZ, disse desconhecer o fato da entidade estar sendo investigada.

Sobre os cheques sem fundo que a empresa teria emitido, Tinoco afirmou que a TBZ foi alvo de chantagem por parte de Carlos Gaspar, que atuava como um de seus fornecedores. O representante da empresa portuguesa afirmou que a TBZ moveu quatro ou cinco processos contra Gaspar e que o mesmo deve uma grande quantia à empresa. Por isto, o grupo entendeu que não deveria aceitar os pagamentos feitos através dos cheques, e, por isso, foi tomada a decisão de sustá-los.

O consórcio TBZ/OAS promete a entrega da Arena até o final de 2011. O clube ainda acredita que o estádio será uma das sedes da Copa do Mundo de 2014.

No local onde fica o Estádio Olímpico, será erguido um empreendimento imobiliário.

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