| 12/04/2008 05h33min
Depois de uma entrevista muito criticada logo após a eliminação para o Atlético-GO na Copa do Brasil, quarta-feira, ontem o presidente voltou à carga com o objetivo de apagar a má impressão deixada sobre o futuro.
A parte que mais desanimou os torcedores foi a dos reforços. Odone disse que não havia dinheiro. Desta vez, mudou o discurso. Mas assustou outra vez, ao comparar a situação atual à da Segunda Divisão, em 2005.
— Não temos dinheiro hoje, como não tínhamos quando estávamos na Segunda Divisão. Mesmo assim, iremos nos reforçar — avisou Odone, prometendo contratações, ainda que sem brilho.
Com o cofre vazio, o presidente falou em inteligência para tratar com empresários e no crédito junto aos clubes, reconquistado pelo Grêmio nos últimos anos.
Assim, seria possível buscar parceiros dispostos a bancar até
mais da metade do investimento necessário para trazer um jogador.
Na hora de revender os jogadores para o Exterior o lucro será menor, mas não há outra maneira de qualificar um grupo cujas deficiências já são admitidas pelos dirigentes abertamente.
Para defender a sua tese de que é possível contratar na escassez, Odone usou o próprio exemplo. Segundo ele, o dinheiro farto, às vezes, é mau conselheiro. O Grêmio vai às compras, mas a torcida não deve esperar nomes famosos. Hugo, do São Paulo, ex-Grêmio, é o mais cotado.
— O ano em que mais gastei foi 2007. Contratei Kelly, Amoroso e Schiavi e nenhum deu certo — disse o presidente, referindo-se aos investimentos para a Libertadores. — Mesmo que tivéssemos dinheiro, isso não garante que se possa comprar bons jogadores. Não é uma mercadoria que se encontra na prateleira do supermercado.
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