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 | 06/03/2008 07h41min

Estrutura profissional chega às categorias de base do Grêmio

Para investir na formação de jogadores, clube decidiu unificar sua preparação física

Luís Henrique Benfica  |  luis.benfica@zerohora.com.br

O Grêmio unificou sua preparação física. Excetuada a Escolinha, todas as categorias de base do clube contam agora com a mesma estrutura de equipamentos oferecida aos profissionais. Para monitorar o trabalho, foi criado o Núcleo de Apoio à Ciência do Esporte (Nace), comandado por Luís Cézar Martins, coordenador do departamento de fisiologia, e pelo diretor médico, Márcio Bolzoni. 

– Vamos investir na formação dos futuros atletas do Grêmio – resume Luís Cézar.

Para que não estranhem os métodos de trabalho na transição ao grupo principal, os garotos formados em casa já passam pelos mesmos testes físicos, avaliações nutricionais e monitoração de treinamento aplicados aos profissionais. Nesta quarta-feira, por exemplo, juniores formavam fila no laboratório de fisiologia para realizar testes de resistência física com o cardiologista Belmar Andrade. Enquanto isso, na sala ao lado, Hidalgo e Anderson Pico participavam de uma sessão de musculação.

Para cumprir seus propósitos, o Nace investe nos preparadores físicos do Grêmio. Parceria científica firmada com a UFRGS permitirá que mestres em Educação Física da universidade ministrem cursos de reciclagem e capacitação aos profissionais do clube. Com formação em educação física, o técnico Celso Roth foi um dos primeiros a avisar que irá acompanhar as aulas, que serão dadas no próprio Olímpico, uma vez por semana, até o final do ano. 

– Com melhor aprimoramento técnico, nossos profissionais estarão mais preparados para utilizar a estrutura que o clube oferece – explica Cézar.

Em contrapartida, projetos desenvolvidos pelo Grêmio nas áreas médica e de preparação física ficarão à disposição da UFRGS para congressos e publicações.

A criação do Nace contribuirá para melhorar os índices positivos do controle de prevenção de lesões, aplicado pelo Grêmio desde 2005. Dados estatísticos do Olímpico confirmam que, a cada temporada, cai o número de jogadores com lesões musculares.

Atualmente, apenas Victor e Teco realizam tratamento na sala de fisioterapia. E, ainda assim, devido a traumatismos. O goleiro sofreu lesão renal em choque com o atacante Dangelo, do Esportivo, e o zagueiro sofreu uma segunda ruptura dos ligamentos do joelho esquerdo.

– Diferentemente do Refis (projeto implantado pelo São Paulo), que atua na recuperação de jogadores, trabalhamos para atingir a excelência na parte física dentro de campo – afirma Luís Cézar, comemorando a chegada, na próxima semana, de novos equipamentos para avaliação de força e equilíbrio muscular dos jogadores.

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