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 | 31/12/2007 09h30min

Sapucaiense lamenta não poder jogar em seu estádio

Estádio Arthur Mesquita Dias não tem capacidade para os jogos da primeira divisão

Felipe Bortolanza  |  felipe.bortolanza@diariogaucho.com.br

Em 2005, houve quem dissesse que ter deixado 64 anos de amadorismo para trás e montar um time profissional seria uma grande evolução para o Sapucaiense. Tinham certa razão. Em 2007, no octogonal final da Segundona, o sinônimo de superação seria uma vaga na Série A. Veio mais: o primeiro título de campeão.

"O adversário sentia a pressão"

Mas virá em 2008 o maior desafio que espera o Rubro-Negro de Sapucaia do Sul. Único estreante entre os 16 times do Gauchão, estar entre os grandes não é o que angustia o técnico Círio Quadros. Campeão neste ano, ele revela:

– Perdemos nossa casa. Éramos uma grande família em torno do alambrado. O adversário sentia a pressão.

"Não podemos cair", diz Chico

Sem espaço na arquibancada para 4,5 mil pessoas, mínimo exigido pela federação, o Estádio Arthur Mesquita Dias se tornará apenas local de treinos. O Sapucaiense mandará seus jogos no Estádio Cristo Rei, do Aimoré, de São Leopoldo.

– Lá, a distância entre o campo e a tela é bem maior. Já trabalho isto com os atletas, para que não se sintam órfãos – conta Círio.

A estréia no estádio alugado será contra o Grêmio, atual bicampeão. Na rodada inaugural, dia 20, encara a Ulbra, em Canoas. O discurso do Sapuca mantém-se humilde:

– Não podemos cair. Ficando na Série A, teremos reconhecimento estadual e nossa torcida vai crescer cada vez mais - afirma o presidente, José Luís Reche, o Chico.

"Beliscar uma vaguinha..."

Círio emenda:

– Sonho com o título, claro. Mas passar de fase e beliscar uma vaguinha na Série C será maravilhoso.

DIÁRIO GAÚCHO

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