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 | 13/12/2007 14h45min

Denúncia contra campanha de Cristina Kirchner é "canalhice", diz ministro

Subprocurador de Miami acusa empresário de destinar verba ilegal para eleger a presidente

Atualizado às 15h05min

O ministro de Justiça e Segurança da Argentina, Aníbal Fernández, classificou nesta quinta-feira de "canalhice" a denúncia de um subprocurador de Miami de que os cerca de US$ 800 mil apreendidos pela alfândega argentina em 4 de agosto com o empresário venezuelano-argentino Alejandro Antonini Wilson eram destinados à campanha eleitoral da presidente Cristina Fernández de Kirchner, que tomou posse na segunda.

Ele afirmou que a denúncia do subprocurador federal americano Thomas Mulvihill, apresentada ontem num tribunal contra quatro homens acusados de terem se identificado perante o governo dos Estados Unidos como agentes de inteligência de outro país, que haviam tentado encobrir a origem e o destino do dinheiro, "é tão despropositada que tem aparência de uma canalhice". Mais tarde, o chefe da Casa Civil, Alberto Fernández, declarou a uma rádio local que a denúncia é uma ação da inteligência americana tentando conturbar a presença do presidente venezuelano Hugo Chávez na Argentina

— Ocorre como represália na mesma semana em que é criado em Buenos Aires o Banco do Sul, em que o governo faz um agradecimento à Venezuela pela ajuda blindada e em que ele decide envolver-se no caso de Ingrid Betancourt. Os Estados Unidos parecem ter desprezo pela relação com a Argentina. Se interessa a eles conhecer a verdade, que extraditem Antonini Wilson — disse o chefe de gabinete sobre o americano, que permanece em liberdade em sua casa em Miami.

Aníbal Fernandez afirmou que certamente o chanceler Jorge Taiana está analisando "os passos a seguir sobre a possibilidade de apresentar um protesto formal, já que a acusação veio do assistente Mulvihill, da procuradoria federal de Miami". Em agosto, houve o caso de uma maleta que explodiu, simultaneamente a uma visita de Chávez a Buenos Aires. Wilson estava com o dinheiro num jatinho que o transportou como "caronista" entre Caracas e Buenos Aires. Na aeronave, que havia sido fretada pela estatal energética argentina Enarsa, também viajavam homens de confiança do governo Kirchner. No entanto, o dinheiro foi descoberto e confiscado pela alfândega argentina.

Cristina classificou de "operação lixo" as denúncias. Ela acrescentou que seu governo continuará estreitando relações com a "República Bolivariana da Venezuela" e outros países latino-americanos.

Agência Estado
 

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