| 24/11/2007 11h31min
Encontrar um nome "que agrade a gregos e troianos", conforme resumiu um conselheiro, e fazer dele o substituto de Paulo Odone na presidência do Grêmio. Esta é a missão de Fábio Koff, presidente do Clube dos 13, e Raul Régis de Freitas Lima, presidente do Conselho Deliberativo. Ambos consideram inviável a hipótese de Odone acumular a presidência do clube e a da Grêmio Empreendimentos, empresa que gerenciará as obras da futura arena.
Impressionado com a quantidade de telefonemas que recebeu de torcedores, interessados em saber se é concreta a possibilidade de sua renúncia, Odone deu a todos a mesma resposta. Garantiu que não vê nenhum problema em trabalhar gratuitamente para a Grêmio Empreendimentos, o que possibilitaria seguir na presidência ao menos por algum tempo. Reiterou, contudo, que a decisão não é só sua.
– Por mim, abro mão de qualquer remuneração – afirma.
O problema é a insistência de Koff e Raul Régis para que sua dedicação à arena seja total. Daí a disposição dos dois em encontrar um nome que seja consenso entre todas as alas do clube.
A tarefa exigirá enorme habilidade política. A frustrada tentativa de Odone de passar a presidência a Antônio Britto, em julho, prova que a idéia da indicação de um empresário encontraria resistência entre os conselheiros. As exceções seriam Jorge Gerdau e Alexandre Grendene. Cogitados em outras ocasiões, os dois alegaram impossibilidade de conciliar o clube e as empresas que administram.
Segunda-feira, empreiteiras expõem propostas ao Conselho
Também é pouco provável que o sucessor saia dos nomes que compõem o Conselho de Administração. O mais provável é que Koff e Régis escolham um conselheiro tradicional, que consiga transitar sem maiores turbulências entre todas as facções políticas do clube. Duda Kroeff, filho do ex-patrono Fernando Kroeff, seria um dos cogitados, mas a tendência é que também seja chamado a integrar a futura direção da Grêmio Empreendimentos.
Odone saiu satisfeito da reunião de quinta-feira do Conselho. Ao lado do vice de planejamento, Eduardo Antonini, fez uma longa exposição sobre os detalhes que envolvem a arena. Tranqüilizou os 190 conselheiros presentes ao dizer que o Olímpico não será destruído antes que a obra fique pronta. Dessa forma, afastou o temor de que a eventual falência da empreiteira contratada deixe o time sem local para jogar.
Aplaudido em alguns momentos, convenceu-se de que até mesmo os conselheiros de oposição mais forte nas eleições para renovação e presidente do Conselho se engajarão no projeto.
Segunda-feira, representantes das empreiteiras OAS e Norberto Odebrecht irão ao Conselho Deliberativo. Cada um terá meia hora para expor seus projetos. A primeira prefere a obra na Azenha. A segunda opta pelo bairro Humaitá, na zona norte da Capital. Até a primeira quinzena de dezembro, o Conselho escolhe a proposta vencedora.
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