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 | 01/11/2007 07h52min

Ruy Carlos Ostermann: O jogo seguinte

O fato de que se reuniram todos no Beira-Rio para discutir, acertar e resolver os problemas do time teve o relevo da presença do presidente Vitorio Piffero. Quando se disse que o pênalti era tão importante que deveria ser cobrado pelo presidente do clube se estava, de outra forma, dando relevo a sua presença na reunião.

Deve ter sido uma reunião produtiva, ou seja, daquelas em que se ouve mais do que se fala e a verdade das pessoas parece convergir. Abel Braga falou depois e pareceu especialmente preocupado com a instabilidade do time, capaz de fazer jogos de qualidade e logo depois outros de baixa qualidade coletiva e individual.

O individual, sabe-se, está sempre fortemente dependente das ações coletivas. É muito difícil a sobrevivência de Riquelme sem uma seleção de Basile com ritmo e assistência que lhe favorece. Deve ser assim também no time do Inter: nem sempre o apoio geral favorece as ações de cada um em campo.

Esta noite no Beira-Rio, depois dessas reuniões e da reconfiguração dos limites de comportamento do time, é um novo jogo, o adversário, o Sport, do Geninho, tem qualidade, mas é o jogo seguinte do Inter, e por isso muito especial. O desejável é que tudo que estiver nele continue se repetindo nos outros jogos como uma frondosa regularidade.

Só? Não, isso é tudo.

Começou antes

O tumulto de fim de jogo foi a demonstração pública de uma tensão bem antes do jogo, e não se percebeu, até pensei que tudo se resolvesse bem tendo em vista a civilização do estádio. Mas no campo foi diferente, bem diferente. O fato de Claiton estar no centro das discussões no final do jogo é uma amostragem do que estava recalcado há mais tempo, reanimou-se aí a velha hostilidade Grêmio e Internacional. Mas havia razões curitibanas em relação ao Grêmio. A vitória foi indiscutível, e o Grêmio se complicou a ponto de perder um jogador importante como Tcheco, perder o jogo e perder a cabeça. É mais um jogo fora do Olímpico com derrota. Mas é preciso considerar que o que estava submerso e que apareceu subitamente era mais pesado do que qualquer outra consideração. Atlético e Grêmio já estavam jogando há muito tempo e ontem à noite houve apenas o desfecho. Péssimo para o Grêmio, bom para o Atlético.

Futebol na Feira

Tudo começa às 13h em ponto da tarde com a edição especial do Sala de Redação diretamente do Teatro Sancho Pança, no armazém do Cais do Porto, 500 lugares (mas na Feira passada foi preciso acomodar os ouvintes fora do prédio), muita animação, provocações e repentes bem sérios também, quase reflexivos se a tanto se pode chegar num programa de rádio sem pauta, sem rumo ou garantia e cuja primeira virtude é a irreverência. Vamos almoçar depois no Gambrinus finalmente em silêncio, espero.

À tardinha, a mesa que vai falar hoje de literatura e futebol é bem especial: o Tabajara Ruas, velho e competente articulador de meio-campo e extremidades, o Aldyr Garcia Schlee, testemunha prodigiosa de Gigghia e Schiafino a partir de Jaguarão, o jovem chefe-de redação da Sportv, João Carlos Assumpção, observador da história recente dos grandes jogos, e o David Coimbra, um dos mais vendidos da Feira por uma maestria que sempre coloca à disposição do futebol, todas as mulheres. Serei o mediador comprometido a partir das 17h30min no Salão dos Jacarandás, no Memorial. Promete.

 

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