| 17/10/2007 08h47min
A falta de controle e de legislação adequada prejudica a punição do vandalismo envolvendo torcedores de futebol. No primeiro semestre deste ano, quatro gremistas envolvidos em agressões ou depredações fizeram um acordo com o Ministério Público e a Justiça. Ao invés de serem processados, eles aceitaram comparecer a uma delegacia durante jogos da dupla Gre-Nal em Porto Alegre.
No último sábado, durante a partida entre Grêmio e Goiás, no Olímpico, a reportagem da Rádio Gaúcha foi conferir se os torcedores estavam cumprindo esse acordo. Apenas um foi encontrado no local combinado, conhecido como Alemão da Geral. Outro torcedor, Bruno Ortiz, pediu — e cumpriu — para comparecer em delegacia de Tramandaí no último feriado. Os dois restantes não compareceram.
Conforme o delegado Marcos Machado, Nei Martins Neto cumpriu o trato por apenas por 30 dias, e André Brusti Zimmermann, durante três meses. Depois disso, não teriam se apresentado mais.
O delegado
regional de Porto Alegre, Herbert
Ferreira, diz que a fiscalização cabe ao Judiciário e que o torcedor é quem será penalizado caso não cumpra o acordo. Segundo ele, ao comparecer ao local determinado, o torcedor recebe uma espécie de carimbo para comprovar o cumprimento da medida.
Para o promotor Renoir Cunha, o controle é dever de todos, cabendo à polícia comunicar a falta.
Ouça as reportagens completas ao lado.
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