| 21/06/2007 14h17min
A diretora de Engenharia da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), Eleuza Teresinha Lores, negou hoje conhecer a empresária Silvia Pfeiffer, que tem feito denúncias à imprensa de que haveria um esquema de corrupção montado na empresa. Lores desafiou Pfeiffer a apresentar provas.
Em seu depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito do Apagão Aéreo na Câmara, Lores também negou ter participado de qualquer esquema de corrupção na Infraero.
– Se ela (Pfeiffer) tem comprovação de que há corrupção, que comprove. Contra mim, não tem nada. Senão já teria sido afastada da empresa. Não recebi nada dela nem de ninguém – disse a diretora à CPI.
Silvia Pfeiffer foi ouvida hoje pela outra CPI do Apagão Aéreo, a do Senado. A empresária acusa Lores de receber propina para facilitar que as licitações de obras fossem vencidas por determinadas construtoras.
A diretora da Infraero disse ainda aos deputados que não é
filiada a partido político nem tem força política
dentro da empresa. Ela colocou seus sigilos bancário e fiscal à disposição dos parlamentares.
Lores também confirmou ter recebido uma vez Zuleido Veras, o proprietário da construtora Gautama, investigada pela Polícia Federal por fraudes em licitações na Operação Navalha. Segundo a diretora, essa reunião teria tido a finalidade exclusiva de tratar de procedimentos técnicos relativos a uma licitação que a Gautama tinha vencido para obras no Aeroporto de Macapá.
Lores afirmou ainda que tem ótimo relacionamento com atual presidente da Infraero, José Carlos Pereira, e reclamou da falta de consistência das denúncias.
– Neste país tem uma grande falta de respeito. Todo mundo denuncia todo mundo e não se prova nada.
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