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 | 23/03/2007 15h05min

Onyx fala em suspender obstrução na Câmara na próxima semana

Condição é que informações sobre CPI do Apagão cheguem ao STF

O líder do PFL na Câmara, deputado Onyx Lorenzoni (RS), informou hoje que a oposição pode suspender a obstrução das votações na próxima semana. Ele explicou que assim que o presidente da Casa, Arlindo Chinaglia, encaminhar informações solicitadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o pedido de criação da CPI do Apagão Aéreo, a oposição suspenderá a obstrução.

A expectativa é que a Mesa Diretora encaminhe as informações na segunda. Os dados subsidiarão a análise de mandado de segurança impetrado pelo PSDB, PFL e PPS para a imediata instalação da CPI.

– Nós pedimos ao presidente que ele responda o mais rapidamente possível. Ele nos informou que deve responder provavelmente na segunda-feira. Se isso acontecer, nós retomamos as votações, porque fizemos todo o esforço que era possível em prol da CPI do Apagão Aéreo. Agora é uma decisão que passa a estar na esfera do Supremo Tribunal Federal, onde temos plena convicção de que a resposta do Supremo será a determinação de mandar instalar a CPI – afirmou Onyx.

Trabalhos na CCJ

Já em relação à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), o PFL ainda contesta a condução dos trabalhos durante a votação do recurso do PT contra a CPI do Apagão Aéreo. Segundo Lorenzoni, o presidente da CCJ, deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ) terá de pedir desculpas ao partido para que a comissão retome o ritmo normal de trabalho:

– A Comissão de Constituição e Justiça da Casa terá seus trabalhos obstruídos por parte do PFL até o momento em que o atual presidente se retratar publicamente das agressões que praticou contra a bancada do PFL.

Já o deputado Leonardo Picciani considerou superadas as divergências entre governo e oposição em torno da CPI. Ele garantiu que os trabalhos da CCJ serão retomados na próxima terça e espera contar com o auxílio do PFL.

– O PFL é um partido importante que sempre contribui para o processo legislativo e, portanto, tem de estar inserido. Não pode estar numa posição radical. Por parte da presidência da comissão, há toda a expectativa de um bom convívio com o PFL, como sempre existiu – disse.

AGÊNCIA CÂMARA
 

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