Quando completar 24 anos neste sábado, o volante do Español de Barcelona Eduardo Costa estará pensando o quanto ainda é cedo para achar que não vai ter mais chances na seleção do Brasil. Estigmatizado junto com um grupo que recebeu a carga de ter enorme dificuldade de classificar a seleção em 2001 para a Copa de 2002, Eduardo hoje é um atleta maduro e consciente que conseguiu superar esta fase e que pode sonhar em voltar a vestir a camisa amarela.

– Aquilo já passou e vejo no Tinga um exemplo disto. Ele também foi muito criticado e acabou dando a  volta por cima. Foi elogiado na Libertadores, foi para a Alemanha e as pessoas esqueceram com muita facilidade. Mas o futebol é assim mesmo. Estou hoje aqui na Espanha, já tive grande fase na França e fico feliz que Dunga e o resto da comissão técnica possam estar observando os atletas em qualquer lugar do mundo independente de clube, país ou nome. Por esta razão quero melhorar ainda mais e ter a minha chance de retornar. Dunga me conhece e sabe como sou. O Ricardo Gomes, que agora observará os jogadores brasileiros pela Europa, sabe de meu potencial e treina uma equipe onde brilhei, que foi o Bordeaux. Espero que o Español seja mais forte este ano na liga e que possamos estar seguindo por muito tempo na Copa Uefa. Assim apareço mais e tenho mais chance de ser lembrado – disse o jogador, que faz sua segunda temporada no futebol espanhol, tendo ganho a Copa do Rei da Espanha e conseguido classificar o time para a fase eliminatória da UEFA.

Eduardo acha que este momento é o melhor para ser convocado, afinal tudo é novo e tem oportunidade para todo mundo.

– Quando fui chamado era um final de trabalho, no sufoco, na roubada. Tivemos que pegar o Brasil beirando a zona de classificação e jogos complicados. Se tivesse sido chamado em 2000 ou em 1999 teria chance de me firmar e de repente ir ao Mundial. Estava numa boa fase no Grêmio e tudo se encaminharia para isto.